Autor: Giordano Bruno, 02/01/2010
Inerentes em cada ser humano existem escondidas qualidades que nos tornam capazes de realizar o bem indelével e permanente, ou perpetrar o mal chocante e catastrófico. Muitos de nós lutam diariamente com essas dualidades psicológicas naturais e inatas em nossas vidas. Com a ajuda da consciência, a sempre presente voz do inconsciente que nos guia rumo ao equilíbrio, muitos de nós sobrevivem à luta interna sem infligir muito dano aos inocentes que estão ao nosso redor.
Antigamente eu acreditava que todas as pessoas passavam por essa mesma luta, que todos queriam atingir algum dia aquela sempre elusiva autoconsciência que afasta a névoa da vida e nos faz sentir completos e realizados. Eu acreditava que todos os homens que cometiam crimes terríveis e injustiças contra os outros faziam isso por ignorância e cegueira. Sem dúvida, eles tinham se perdido no caminho e não compreendiam perfeitamente as implicações de suas ações. Isso não os tornava menos responsáveis, mas eles não podiam ser redimidos? Não teriam eles permitido que suas próprias sombras corressem soltas à luz do dia, sem conhecer as consequências? Todos nós, até mesmo os piores de nós, bem no fundo ainda não lutamos para fazer aquilo que é certo?