Um ponto de virada ocorreu na vida da espécie humana. A sustentabilidade da instituição mais antiga da humanidade — a fonte de fertilidade, proteção, nutrição e capital humano — é agora uma questão aberta. Com base nas tendências atuais, estamos diante de um mundo em que a população está envelhecendo e diminuindo rapidamente, com poucas crianças — muitas das quais não usufruem do benefício de terem irmãos e de crescerem em um lar com pai e mãe — de idosos solitários vivendo com uma parca aposentadoria e de estagnação cultural e econômica.
Em quase todos os países desenvolvidos, incluindo a maior parte da Europa e da Ásia Oriental e em muitos países das Américas — desde o Canadá até o Chile, as taxas de crescimento demográfico caíram para níveis abaixo do necessário para evitar o rápido envelhecimento e declínio populacional (veja a Figura 1). A mulher mediana em um país desenvolvido tem hoje apenas 1,66 filhos durante toda sua vida, o que é aproximadamente 21% abaixo do nível necessário para manter a população ao longo do tempo (2,1 filhos por mulher). Consequentemente, o número de crianças com idade de 0 a 14 anos é 60,6 milhões a menos no mundo desenvolvido hoje do que era em 1965. [2]. Devido principalmente à diminuição na quantidade de crianças, os países desenvolvidos enfrentam forças de trabalho cada vez menores, ao mesmo tempo que precisam atender ao desafio de sustentarem uma população de idosos que cresce rapidamente.