Uma nova tendência está se formando no mundo do entretenimento, e está fazendo com que muitas empresas que utilizam plataformas digitais comecem a migrar para inserir seus produtos, de modo a tornar a experiência tão imersiva quanto possível.
Empresas dos ramos: alimentício, vestuário e até automotivo, estão ansiosas para mergulhar de cabeça nas novas tendências tecnológicas, assim como entraram nas tendências das redes sociais, que antecedem a mais nova e inovadora tendência; a tecnologia de imersão total. Muitos influenciadores que comentam sobre o mundo do entretenimento – como de games – sempre foram contra práticas abusivas das empresas, sejam elas de videogames, ou de telecomunicações, como as famosas provedoras (cartéis) de Internet. No Brasil, um dos mais notórios gamers e influenciadores digitais que se tornou referência nesse embate entre empresas e consumidores, é o youtuber Davy Jones (Gustavo Sanches), que durante anos foi um crítico vocal das práticas de DLC (Downloadable Content/Conteúdo para Download), que vendem conteúdo do jogo separado da sua cópia digital original bem como de outras práticas comerciais espúrias.
Empresas como: Ubisoft, EA, e Activision, entre outras, são campeãs em vender DLC de jogos para obter lucro máximo, muitas vezes vendendo as sequências das franquias de jogos feitos as pressas, de modo que a experiência do jogador se torna horrível. Tal como outros influenciadores, o youtuber sempre foi vocal contra essas práticas demonstrando o quão lucrativa elas são para as empresas – até mais do que os jogos em si – pois seus lucros sempre ficam na casa de milhões, enquanto a experiência do usuário é estragada pela ganância. Para Davy Jones, assim como outros influenciadores, o céu era o limite do que essas empresas poderiam fazer para abusar do seu consumidor.
Até que um dia finalmente o limite parece ter sido superado: no dia 12 deste mês, o youtuber publicou um vídeo falando sobre a possibilidade da empresa EA publicar comerciais dentro de seus jogos. Segundo ele, isso seria um absurdo, pois a empresa já ganha com os jogos em si. Além disso, ela usaria essa possibilidade para fazer propagandas de suas DLCs, de modo a maximizar ainda mais seus lucros com práticas consideradas injustas. Contudo, o precedente para essas práticas estaria aberto, e muitas empresas ao perceber a passividade do público com elas, começariam a aderir à prática, e os games se tornariam um ambiente de práticas ainda mais abusivas, e intrusivas. Isso faria com que as empresas corressem para produzir mais jogos para vender seus produtos extras, do que os próprios jogos. Essa é uma possibilidade levantada por muitos influenciadores que é compreensível.
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Contudo, a opinião do youtuber repentinamente mudou por conta de um fato inusitado: a junção da tecnologia de imersão da rede social Metaverso, e a indústria de jogos. Davy Jones é um entusiasta da tecnologia, e por ser agraciado por ela na era digital, possibilitando seu trabalho no YouTube, ele acredita que esse é um ambiente que evoluirá constantemente para o bem. Para ele, bem como outros influenciadores, os desenvolvedores de tecnologia são empreendedores do altruísmo humano, da criatividade, e de modelos de negócios que agregam a liberdade econômica com a liberdade de expressão, criatividade, e inovação, em uma coisa só. A visão altruísta de que os programadores do Vale do Silício são como revolucionários digitais não é exclusiva do influenciador brasileiro, ela é uma visão pós-moderna que muitos jovens compartilham por verem na tecnologia um apelo mais libertário, e por conta disso, se sentem como sendo parte desse movimento, pois assimilaram a tecnologia com muita facilidade, e a usam com propósito.
Mas a tecnologia não tem um aspecto somente positivo, ela também é um fator de disrupção. Para um pós-modernista, não existem contras na evolução das capacidades tecnológicas, pois acreditam que aqueles que desenvolvem tais tecnologias em suas empresas têm somente o desejo libertário de que a tecnologia envolva, e aproxime as pessoas. Essa visão cega da evolução positiva através do empreendedorismo altruísta turva o julgamento deles, para que existem interesses maiores do que os de empreender e ser bem-sucedido, e esses interesses são o poder, e o controle social. Muitos influenciadores pós-modernos, que compram a ideologia libertária, legam os interesses por poder a classe política, pois ela é quem tenta convencer as pessoas da necessidade de uma cabeça pensante para coordenar as coisas básicas de sua vida. Desse modo, eles se convencem de que no mundo dos negócios, as únicas coisas que existem são interesses comerciais – às vezes injustos ou não – e nada, além disso. Durante décadas, empresas de tecnologia trabalharam lado a lado das agências do governo americano, contribuindo com o aprimoramento, não só, de tecnologia militar, mas também de vigilância em massa. Muitos desses influenciadores compram os aspectos positivos do idealismo dos programadores e CEOs de grandes companhias, e assimilam suas preocupações “escatológicas” de algo que eles dizem que somente nesta ocasião pode ser usado para o mal: a Inteligência Artificial.
Davy Jones acredita que a Inteligência Artificial é o único perigo existencial da tecnologia, e o seu medo dela é palpável em seus vídeos. Mas ele ignora o aspecto que os programadores e empreendedores desse setor omitem: o uso da tecnologia para o controle social, e a mudança de comportamento. Por isso, aceitou recentemente as práticas comerciais de imersão nos games, porque envolve uma tecnologia imersiva, de uma companhia cujo produto trouxe os mesmos ideais altruístas que ele compartilha; ou ao menos é o que ela diz no papel! Eu, particularmente, acompanho o seu trabalho há anos, e percebi o quão contraditório é sua visão sobre a tecnologia. Sua visão é mainstream, e ela é idealista demais ao ponto da ingenuidade. Empresas como Facebook, Google e Twitter podem ser um fator de desequilíbrio na opinião pública durante eleições. Essas redes sociais não são meros supérfluos, de uma vida cotidiana de modismos, elas se tornaram objeto de necessidade real, de interação real, e são ferramentas tanto de entretenimento, quanto de trabalho. Pode-se dizer que a vida acontece em dois ambientes: no digital e no físico.
Levar a tecnologia com puro altruísmo, confiando que aqueles que a empreendem são propensos a apenas alimentar o ideal humano, de liberdade e empreendedorismo, não passa de ingenuidade. E é por isso que as empresas estão abraçando a ideia, tal como abraçaram a Agenda 2030 que aplicam interna e externamente em suas empresas e produtos. Na matéria abaixo, é explicado como funcionará essa junção do mundo dos games e o Metaverso, através da parceria do GTA (Rockstar), com a empresa de refrigerantes Sumol, e o Meta. Tenha em mente que essa é uma tendência. A fusão de tecnologias de imersão no entretenimento, com a possibilidade de compra real, também abrangerá outras áreas. O setor financeiro não ficará de fora: e as criptomoedas terão um papel importante em atrair o público. O Sistema de Crédito Social é o próximo passo.
GTA Online é a porta da Sumol para o Metaverso
EG, 16/05/2022
Por Bruno Galvão
A Sumol anunciou uma nova iniciativa através da qual se junta às companhias que procuram diminuir a distância entre o físico e o online, através do Metaverso e com a ajuda de Grand Theft Auto Online, um dos mais populares jogos do mundo.
Segundo revelado no comunicado de imprensa, a Sumol marcará presenta em GTA Online através de um servidor local, onde irá passar a mensagem que "Beber Sumol refresca e retira stress à personagem", para que sintas no mundo digital o desejo de beber e ainda visitar uma das roulottes para comer algo.
Um dos maiores esforços da marca são mesmo as compras dentro do jogo que se materializam fisicamente.
"Os jogadores podem comprar Sumol na loja do Saborista e receber em casa. Para uma experiência única, Sumol criará skins exclusivas Sumol X de edição limitada. Quando compradas no jogo, as skins serão materializadas em t-shirts reais que os jogadores podem receber em casa."
Está ainda a ser preparado um Sumol Summer Fest na praia com um dos DJs do festival e a Sumol diz mesmo que a presença no mundo digital, onde os mais jovem passam grande parte do seu tempo, fará parte dos seus esforços promocionais.
A Sumol chega a GTA Online através de uma parceria estabelecida com a empresa bracarense Nobel Actus Lda, a qual propôs a ideia e integrou a marca Sumol e a Loja Saborista dentro do jogo, através do servidor OFFSET | On the Bankz RP.
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Fonte:https://www.eurogamer.pt/gta-online-e-a-porta-da-sumol-para-o-metaverso
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