ZH, 31/01/2025
Por Tyler Durden
Vários funcionários do Departamento de Defesa dos EUA conectaram seus computadores de trabalho a servidores chineses para acessar o novo chatbot de IA da DeepSeek por pelo menos dois dias antes que o Pentágono bloqueasse o acesso, segundo a Bloomberg, citando um funcionário da defesa familiarizado com o assunto.
A Agência de Sistemas de Informação de Defesa do Pentágono tomou medidas para bloquear o site da startup chinesa na noite de terça-feira, após preocupações levantadas por oficiais sobre o uso da ferramenta por funcionários do Pentágono. De acordo com a política de privacidade da DeepSeek, os dados dos usuários são armazenados em servidores na China e regidos pela legislação chinesa.
Apesar disso, enquanto algumas telas de trabalho do Pentágono exibiam uma mensagem de "site bloqueado" devido a preocupações operacionais, outras ainda conseguiam acessar a DeepSeek, segundo o funcionário da defesa e documentos revisados pela Bloomberg.
Os especialistas em TI do Pentágono ainda estão investigando até que ponto os funcionários utilizaram diretamente o sistema da DeepSeek por meio de navegadores, disse o oficial.
Pessoal militar dos EUA começou a baixar uma versão anterior do código da DeepSeek em suas estações de trabalho no outono de 2024, segundo uma fonte familiarizada com o assunto. Na época, os downloads não levantaram preocupações das equipes de segurança do Departamento de Defesa, pois a conexão com a China não era evidente para eles.
DeepSeek e Suas Implicações no Mercado
A DeepSeek e seu modelo de IA, que afirmam ter desenvolvido por menos de US$ 6 milhões, causaram impacto no mercado esta semana, levantando questões sobre os bilhões de dólares que grandes empresas de tecnologia dos EUA estão investindo em infraestrutura de IA. No entanto, uma análise mais detalhada mostrou que o modelo da DeepSeek tem apenas 17% de precisão e sofre de alucinações frequentes. Vale ressaltar que essa análise foi conduzida pela NewsGuard, uma organização frequentemente associada à censura governamental, então a credibilidade da avaliação ainda é questionável.
O fenômeno da DeepSeek levou o setor militar a reforçar os esforços para identificar e remover códigos de chatbots de origem chinesa dos computadores dos funcionários. No entanto, milhares de membros do Departamento de Defesa ainda parecem estar acessando a DeepSeek por meio do Ask Sage – uma plataforma de software autorizada que, segundo Nicolas Chaillan, fundador e CEO da empresa, não se conecta a servidores chineses.
Reação das Forças Armadas dos EUA
Na sexta-feira, a Marinha dos EUA proibiu qualquer uso da DeepSeek devido a preocupações com segurança e ética associadas à origem e ao uso do modelo, informou a CNBC. Segundo a porta-voz da Marinha, Tenente Comandante Lauren Chatmas, já existem diretrizes que proíbem o uso de sistemas de IA de código aberto para trabalhos oficiais, e recentemente a DeepSeek foi especificamente citada nessas diretrizes.
Enquanto isso, a Força Aérea ainda não emitiu diretrizes específicas sobre a DeepSeek, mas mantém uma proibição de longa data sobre o uso de sistemas de IA generativa em conjunto com informações sensíveis, segundo a porta-voz Laura McAndrews.
O Exército dos EUA, por sua vez, emitiu diretrizes em junho de 2024 alertando sobre os "desafios únicos em termos de privacidade de dados, segurança e controle sobre o conteúdo gerado", incentivando comandos individuais a desenvolverem processos de governança apropriados. No entanto, até o momento, não baniu totalmente o uso de ferramentas de IA generativa.
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Fonte:https://www.zerohedge.com/political/pentagon-employees-connected-chinese-deepseek-servers-days-block
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