ZH, 17/04/2025
Por Tyler Durden
Uma das maiores forças policiais da Grã-Bretanha está impondo um “treinamento de equidade” aos seus agentes, com foco em “privilégio branco”, “microagressões” e na diferença entre ser “não racista” e ser “antirracista”.
O jornal The Telegraph relata que a Polícia do Vale do Tâmisa (Thames Valley Police) está colocando seus oficiais nesse treinamento, apesar de um tribunal ter decidido, no ano passado, que a corporação praticou discriminação positiva contra agentes brancos.
Como foi destacado anteriormente, a força policial nomeou um inspetor detetive asiático sem considerar oficiais brancos para promoções.
Os três policiais que venceram o processo já trabalhavam na corporação entre 19 e 26 anos e foram impedidos de se candidatar à vaga.
Agora, o restante da força está sendo submetido ao “treinamento de equidade”, que, segundo uma revisão independente do caso, “pode muitas vezes ser visto como uma forma de demonizar pessoas brancas e, portanto, criar barreiras ao aprendizado”.
A ex-subchefe de polícia Kerrin Wilson, que liderou a revisão, observou que alguns oficiais expressaram “fortes sentimentos de frustração” com o treinamento.
“Como homens brancos, sentiram-se em desvantagem e... tinham a percepção de que a injustiça era tolerada quando dirigida a grupos minoritários, mas não ao grupo majoritário”, escreveu ela.
A revisão também aponta que agentes de minorias se mostraram insatisfeitos com o treinamento, dizendo que ele prejudica os esforços reais de diversidade.
O documento afirma que membros de minorias não querem participar de programas em que “o dano à sua reputação é maior do que a oportunidade que poderiam receber”.
“Diversos funcionários de grupos minoritários declararam abertamente que não buscarão promoções ou transferências para cargos especializados num futuro próximo, pois sentem que, mesmo que consigam essas promoções, seus esforços não seriam vistos como legítimos por alguns”, afirma o relatório.
A revisão prossegue dizendo que “alguns funcionários afirmaram que, apesar de estarem na força há muitos e muitos anos, agora sentem que [a polícia] se tornou um ambiente hostil e que não recomendariam a corporação como empregadora preferencial para pessoas de origem minoritária.”
A análise também destacou uma reação “muito forte, às vezes beirando o agressivo”, por parte de agentes brancos, que sentem “não ter apoio dentro da corporação” e querem ver consequências para os superiores que promoveram a “discriminação positiva”.
“Há um sentimento tangível de estar sendo negligenciado, o que reflete o discurso social mais amplo que está emergindo no Reino Unido e que, portanto, não pode ser ignorado”, continua o relatório.
“Se isso não for enfrentado, pode levar a divisões ainda maiores dentro da força à medida que atitudes culturais se tornem mais hostis”, conclui.
O ex-assessor do governo e ex-policial Rory Geoghegan comentou:
“Os policiais e funcionários merecem muito mais de seus líderes do que serem grosseiramente categorizados por cor de pele e submetidos a ideologias reducionistas e divisivas.”
“A revisão independente expõe essa prática preocupante, mas falha em identificar ou confrontar a questão central: a aceitação irrefletida da teoria crítica da raça — uma estrutura profundamente política que não tem lugar em um serviço policial imparcial”, acrescentou Geoghegan.
A Polícia do Vale do Tâmisa divulgou um comunicado dizendo:
“Nossos funcionários e agentes representam um grupo diverso com uma variedade de opiniões sobre muitos temas —, mas são nossos valores compartilhados que nos unem para proteger nossas comunidades.”
“Estamos comprometidos em aprender com este tribunal trabalhista e com a revisão independente para melhorar a forma como trabalhamos juntos”, diz ainda o comunicado, acrescentando:
“Buscamos ser justos e corajosos no modo como servimos nossos colegas e a comunidade.”
Esse novo episódio ocorre ao mesmo tempo em que foi revelado que a Polícia de West Yorkshire está permitindo que candidatos negros, asiáticos e de minorias étnicas (BAME) enviem inscrições para vagas durante o ano inteiro — enquanto pessoas brancas precisam aguardar por campanhas de recrutamento específicas.
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