23 de mai. de 2022

Polônia – como o governo “conservador” polaco está silenciosamente entregando a soberania do país aos globalistas




Editorial CP



Como o governo polonês implementa a agenda de Davos, enquanto os poloneses são intoxicados com falso nacionalismo e conservadorismo

O governo polonês está atualmente em uma encruzilhada na União Europeia: por um lado, está ajudando a Ucrânia em seus esforços de guerra por conta de seus laços históricos e história moderna em comum, como, por exemplo, o sofrimento durante o regime soviético perpetrado contra ambas as nações. Isso, mais o fato de Moscou ter sido responsável por outros incidentes na história recente, já é mais do que o suficiente para entendermos as motivações da Polônia. Mas pelo outro, na União Europeia, a solidariedade para uns não se torna justificativa para outros – e é assim que a União Europeia vê a Polônia na forma como ela se autogoverna. 

O país do leste europeu tem sido motivo de desagrado para a elite de Bruxelas por não aceitar uma série de programas a serem implementados, os quais o povo polaco rejeita por perceber suas consequências práticas. Um dos tópicos dessa agenda (programa) é a imigração islâmica: a Polônia foi um dos países que menos recebeu cidadãos provenientes do Oriente Médio, e por conta disso, o número de incidentes terroristas no país não mudou, ou seja, zero atentados. Incidentes bem documentados como estupros, roubos, assassinatos e ataques a forças de segurança foram registrados por toda a Europa, menos na Polônia e nos países que compõem o grupo Visegrad. Por outro lado, países que receberam altas taxas de imigrantes do mundo islâmico, tais como: França, Alemanha, Áustria, Suécia e Bélgica, foram os que mais sofreram atentados terroristas; e as consequências são sentidas até hoje. 

Além da agenda de imigração, a Polônia e os membros do grupo também rejeitam as agendas de ativismo social do bloco, como a agenda LGBT, agenda Feminista (aborto) e de energias verdes. Para a União Europeia, estes países são autoritários por não se submeterem às vontades da elite não eleita. Mas infelizmente, as coisas começaram a mudar com o advento da Pandemia e com a Guerra na Ucrânia. Enquanto alguns membros do grupo de Visegrad se afastaram da guerra tentando procurar um ambiente neutro, a Polônia e alguns estados bálticos mergulharam de cabeça nela. A União Europeia transformou a causa ucraniana na causa europeia e transformou as fronteiras entre Kiev e a Rússia nas trincheiras ideológicas da Nova Ordem estabelecida, contra a velha ordem. A Rússia começou a ganhar todo tipo de rótulo propagandístico, sendo estereotipado como um tipo de regime nacionalista expansionista e a União Europeia, uma liga da paz, que impede e gerencia conflitos e traz eficiência e equidade em solo europeu. O problema é que a União Europeia se envolve diretamente em conflitos geopolíticos para além do continente europeu, e a imigração em massa se deu muito devido ao auxílio direto dos estados-membros – principalmente daqueles que fazem parte da OTAN – nas intervenções militares ou políticas de Barack Obama na região (Oriente Médio). Foram elas que desencadearam conflitos, derrubadas de governos e o fluxo de refugiados.

Contudo, a Guerra na Ucrânia trouxe uma nova realidade geopolítica e se tornou um campo de batalha entre oposições dialéticas e a propaganda, sua principal arma. Zelensky, um jovem líder do Fórum Econômico Mundial, ao ser eleito, começou a perseguir opositores prontamente a controlar a mídia e a se entrincheirar atrás da influência dos "generais" políticos europeus. Ele postergou a evacuação dos ucranianos na iminência da invasão, e quando a invasão começou, pediu para que os que estavam na linha de frente resistissem sem armas. Após ocupações e execuções, ele liberou o porte de armas para os que estavam na retaguarda, mas só para irem para a linha de frente encarar o inimigo. Não preciso dizer sobre a mortandade que os esperava. Mesmo assim, na propaganda ocidental, tudo era pintado em cores vibrantes, e as mortes eram vistas como bravura de mártires, e os civis desarmados encaravam os soldados russos armados, um vislumbre de resistência. Apesar de o seu comandante os ter deixado lá após uma série de avisos. 

A guerra eclipsou a pandemia, e rapidamente as manchetes não a cobriam como antigamente. A velocidade com que a mídia mudou de pauta foi realmente assustadora: da contagem de corpos de “não vacinados” em países onde mais se vacinou as pessoas, de repente, para a contagem de corpos na guerra. As consequências da Pandemia foram: perda da liberdade, a implementação de instrumentos de rastreamento draconianos, paralisação do comércio e da logística de importação e exportação, e experimentação com terapias genéticas pouco estudadas, etc. Isso fez com que toda a cadeia de produção global estagnasse, e as consequências fossem severas. A guerra trouxe consequências que fizeram perdurar as anteriores (da pandemia), pois mesmo com elas, as previsões apontavam para um cenário de estabilidade e crescimento – lento, mas notório. Contudo, a realidade da Polônia não foi muito diferente da dos outros países durante a Pandemia: o governo polaco, em vez de resistir maior integração e controle implementado por meio de regulações internacionais, como as da União Europeia, aparentemente abraçou todas elas, e entregou na surdina a soberania dos poloneses. A Guerra na Ucrânia mexeu com os poloneses, por conta de seus laços com o país vizinho, e sua animosidade legítima contra a Rússia. Mas isso acabou sendo uma cortina de fumaça, pois por debaixo dos panos, o governo do país estava entregando a soberania do país para a União Europeia. Antecede à guerra, mas se intensifica com ela.

O governo de Andrzej Duda seguiu o padrão dos seus antecessores: um governo 'conservador', que não rejeita a integração à União Europeia, mas defende suas fronteiras e sua soberania dentro dela. Essa atitude fez com que a Polônia se tornasse um pária dentro da União Europeia – ao menos publicamente – porque alimentou os sentimentos anti-UE, que se tornaram ainda mais intensos conforme suas políticas traziam consequências para o padrão de vida europeu. Contudo, essa atitude da Polônia não a torna verdadeiramente forte, e resistente ao projeto globalista, pois durante a Pandemia, a Polônia subscreveu todos os projetos de controle e monitoramento da União Europeia, sendo que em um deles, o próprio governo polonês admite ser um dos primeiros países responsáveis pela criação, e implementação do Certificado Digital de COVID-19 da União Europeia. Duda criou primeiro um certificado nacional e, em seguida, o substituiu pelo da União Europeia, em uma notória entrega de soberania, bem como traição ao fazer do projeto nacional de certificado um piloto.  




Veja o vídeo abaixo com a opinião condescendente dos poloneses para a mídia ligada ao governo:



Não só a mídia polonesa afeta ao governo não questionou sua criação e adoção do projeto europeu de certificação, como fez propaganda favorável a ela, como se a entrega de soberania a União Europeia passasse a ser algo bom. Há muito foram feitas acusações contra a Polônia, por um suposto controle da mídia, mas essas acusações foram rejeitadas reiteradas vezes por lideranças políticas polacas. No entanto, conforme se pode observar uma mudança de atitude política da Polônia concernente a União Europeia nas duas crises que se seguiram, as acusações começam a se tornar mais palpáveis, a medida em que os meios de comunicação que supostamente ecoam as vozes de um governo conservador, silenciam diante de sua flagrante traição ao povo. Isso significa que de fato há um controle dos meios de comunicação, mas que está sendo usado em favor da União Europeia, sob a cortina de fumaça da guerra na Ucrânia. 

Veja abaixo a mídia polonesa falando como o presidente Duda está ansioso para cooperar com a China comunista, na luta contra o vírus que eles mesmos liberaram:



O projeto de Certificado Digital foi importado da China Comunista, e adotado prontamente pelo ocidente. A União Europeia a princípio não quis elaborar nada, mas deixou que cada estado-membro implementasse sua própria política. Contudo, com o agravamento da Pandemia, propiciado pelos fechamentos, Bruxelas começou a sugerir uma maior coordenação ao nível europeu. Quando os primeiros certificados foram criados, um país depois do outro começou a adotar, então foi quando a União Europeia resolveu unificar os sistemas já implementados “individualmente” por país. O Certificado Digital é uma entrega do controle das fronteiras à União Europeia, mas com um toque de emergência sanitária. O governo polonês fez isso de uma forma pusilânime.  

Duda agora está ocupado bajulando o garoto de Davos, Zelensky, prometendo mundos e fundos para a guerra, enquanto a soberania da Polônia está sendo saqueada sob seu auspício. Duda não é um conservador, ele é um globalista, e o fato de ter adotado o Certificado Digital – o projeto-piloto do Sistema de Crédito Social – diz muito a seu respeito. Curiosamente, além de dar a soberania polonesa para a União Europeia, ele também está inserido dentro do projeto russo-chinês, do Cinturão da Nova Rota da Seda – embora não seja o único chefe de estado a fazê-lo. Além disso, ele foi o único líder europeu a participar da Cerimônia de Abertura dos Jogos Olímpicos de Pequim, manchados de sangue pelo conhecimento público dos campos de concentração onde o regime mantém a minoria étnica dos uigures.

Ele também parabenizou o Partido Comunista Chinês pelo seu aniversário; de torturas e assassinatos em massa. Para um líder conservador de uma nação conservadora, Andrzej Duda e seu "governo conservador" são uma piada. Não se enganem: todos os membros do grupo Visegrad implementaram o passaporte digital, e estão assinando os acordos para o European Health Data Space da União Europeia – um projeto que visa compartilhar e armazenar os dados de todos os cidadãos da União Europeia, monitorando os seus corpos e cada passo dado. Espero que os poloneses consigam ver através da cortina de fumaça da guerra.


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