Euronews, 24/05/2022
Como fazer sair pelos portos ucranianos do Mar Negro as toneladas de cereais que o país tem para fazer chegar ao mundo? É um quebra-cabeças para os líderes ocidentais, tratado nas reuniões ao mais alto nível, à medida que a crise alimentar se agrava.
Joe Biden disse na cimeira do Quad - Estados Unidos, Japão, Austrália e Índia -, em Tóquio: "A crise alimentar global é agravada pelo bloqueio da Rússia à Ucrânia de exportar os seus milhões de toneladas de cereais, e enquanto a Rússia continuar a guerra, os Estados Unidos irão trabalhar com os nossos parceiros para ajudar a liderar uma resposta global, porque pode afetar todas as partes do mundo".
Britain is in discussion with allies about sending warships to the Black Sea to protect freighters carrying Ukrainian grain https://t.co/WgrZdD5vcn
— The Times (@thetimes) May 24, 2022
Uma solução arriscada, mas o tempo urge para evitar uma crise alimentar mundial.
Os agricultores na Ucrânia dizem que já é tarde. Kees Huizinga, agricultor holandês há 20 anos no país afirma: "Restam ainda 25 milhões de toneladas e sementes de cereais e oleaginosas na Ucrânia, ou seja, um terço da colheita do ano passado, por isso já temos um enorme problema logístico, por isso já é tarde, já é tarde demais, mas.... A única opção para tirar o grão da Ucrânia é através dos portos do Mar Negro. Eles têm de estar abertos".
Conhecida como o celeiro da Europa, a Ucrânia tem mais de 25 milhões de toneladas de cereais que não podem ser exportados.
O Programa Alimentar Mundial está a alertar para uma falha catastrófica nas cadeias de abastecimento alimentar que poderá levar à fome e à instabilidade global.
Le bassin de la mer Noire est l'une des régions les plus importantes au monde pour la production agricole.
— PAM (WFP in French) (@WFP_FR) May 20, 2022
Comment le conflit en #Ukraine impacte la sécurité alimentaire mondiale ?
Réponse en image▶️⤵️ pic.twitter.com/KkWuulnijq
As forças russas são acusadas de bloquear os portos ucranianos, interrompendo a distribuição de alimentos básicos a preços acessíveis, o que ameaça criar escassez de alimentos e agitação política em países de África, do Médio Oriente e da Ásia.
A Ucrânia e a Rússia exportam em conjunto um terço do trigo e cevada do mundo e metade do seu óleo de girassol. A Rússia é também um fornecedor de topo de fertilizantes, cujo preço não para de aumentar.
Nota do editor do blog: uma crise é uma oportunidade, e se uma crise desencadeia agitação política e mais instabilidade, então ela se tornou um grande negócio. O deep state americano, e a elite da União Europeia, não vão perder a oportunidade de manter o fogo alto para que outros regimes caiam, e causem ainda mais crises. Tudo parece muito incomum: a União Europeia fecha acordos com a Rússia por gás, e torna o continente dependente. A Ucrânia começa a ter revoluções coloridas ratificando seu interesse em fazer parte da União Europeia – e consequentemente da OTAN. O dinheiro para essas "revoluções coloridas" ninguém sabe de onde veio, e por fim, nós temos a China voltando a ter picos de surtos de infecções pelo vírus criado em seus laboratórios (com dinheiro americano, diga-se de passagem!). Pena que a solução deles para a crise que criaram envolva comida geneticamente modificada, e insetos comestíveis. Ah! Só para não esquecer: nós temos a varíola se alastrando, e cuja origem da infecção ninguém imagina ser por causa de certas terapias genéticas, que foram forçadas a inoculação na população. É! Acho que eu estou vendo coisas de mais.
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