Nota do editor
Gustavo Petro, ex-guerrilheiro do M19, e anistiado com outros membros pelo Senado colombiano em 1992, através da proposta do então senador Álvaro Uribe Velez – mais tarde presidente colombiano – torna-se o “primeiro” presidente de esquerda da Colômbia. Essa é a narrativa da mídia, que tem na suposta direita colombiana representada pelos ex-presidentes Pastrana, Uribe, Santos e Duque, uma direita hegemônica, um tipo de Establishment que foi abalado pela eleição de um suposto líder popular amado pelo povo, um outsider e reformista. Essa narrativa é sempre empregada pela mídia quando a esquerda sobe ao poder pela transição de governos cúmplices, que permitem ações disruptivas e terroristas no processo. Petro veio para implementar as agendas que os governos anteriores não puderam, mas cujas ações nos respectivos mandatos facilitaram sua chegada ao poder, lhe dando base. Desde 1990 os políticos colombianos foram guiados a soluções negociadas com as guerrilhas, que se mantinham operantes para este propósito. O exército colombiano que outrora combaterá os grupos guerrilheiros precisava ser enfraquecido, e o propósito deles obteve êxito.