UH, 09/10/2023
O Ministério Público determinou a abertura de um processo criminal para fins de apuração das informações colhidas na Colômbia, a respeito das declarações de Francisco Luis Correa, que acusou o ex-presidente Horacio Cartes como um dos autores intelectuais do assassinato do promotor Marcelo Pecci na Colômbia.
O Procurador-Geral do Estado, Emiliano Rolón, ordenou a abertura de um processo criminal para fins de investigação das informações coletadas na Colômbia, a respeito das declarações de Francisco Luis Correa Galeano, que é uma testemunha chave no contexto das investigações do assassinato do Procurador paraguaio Marcelo Pecci.
Para tanto, foi formada uma equipe de trabalho formada pelos promotores da Unidade Especializada em Crimes Organizados, Cristian Ortiz e Carlos Alejandro Cardozo, e da Unidade Especializada em Crimes Econômicos e Anticorrupção, Osmar Legal e Francisco Cabrera, que trabalharão sob a coordenação da subprocuradora Matilde Moreno.
Da mesma forma, será assistente o procurador Manuel Doldán Breuer, responsável pela Direção de Assuntos Internacionais e Assistência Jurídica Externa.
Nas considerações, são anotadas as informações recebidas da Colômbia após as declarações de Correa Galeano na última sexta-feira, durante o interrogatório perante o promotor colombiano Mario Burgos. O próprio Doldán ouviu as palavras do réu ao vivo via Zoom.
Correa fez um relato cronológico de como planejaram o crime e como o executaram, revelando os nomes dos envolvidos, entre eles citou o ex-presidente Horacio Cartes e o suposto narcotraficante Miguel Ángel Insfrán, vulgo Tío Rico, que foi preso após a operação A Ultrance.
Os promotores designados realizaram uma reunião virtual com seus homólogos da Colômbia à tarde. A investigação foi aberta pouco depois, mas os agentes não prestaram declarações posteriores, apesar de inicialmente ter sido noticiado que seria realizada uma conferência de imprensa.
O assassinato de Marcelo Pecci
O promotor Marcelo Pecci foi assassinado por pistoleiros em 10 de maio de 2022, quando estava em lua de mel em uma praia da Colômbia.
Naquele país, a maior parte dos autores do crime foram presos e condenados, mas ainda há processos pendentes, bem como a identificação e a acusação do autor intelectual do assassinato do ex-procurador antidrogas.
A promotora Alicia Sapriza afirmou que a etapa que leva ao mandante é sempre mais complexa, mas que não desistiria e continuaria trabalhando com seus colegas na Colômbia para chegar ao fundo do caso.
No caso, Margaret Chacón Zúñiga é acusada como financiadora. Enquanto Ramón Emilio e Andrés Felipe Pérez Hoyos, Wendret Carrillo, Eiverson Zabaleta, Marisol Londoño e Cristian Camilo Monsalve Londoño já foram condenados.
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