Anders Kompass afirma que ONU não tem o hábito de tomar medidas
Um alto funcionário da ONU demitiu-se para protestar contra a "total impunidade" no caso que denunciou, referente ao rapto de crianças pelos "capacetes azuis" na República Centro-Africana (RCA), indica hoje um comunicado da organização não-governamental UN Watch.
A demissão de Anders Kompass, diretor de operações no terreno do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, foi já confirmada à agência France Presse por um porta-voz da própria ONU, que não adiantou as razões da demissão.
A Turquia vive há vários meses num estado de alerta máximo, devido a uma série de ataques relacionados com a retomada do conflito curdo. No dia 18 de fevereiro, os caças bombardeiros descolaram de Diyarbakir para lançarem um ataque aos campos do PKK, no norte do Iraque.
Foi a represália do poder de Ancara ao atentado da véspera, reivindicado pelos denominados Falcões da Liberdade do Curdistão, ou (TAK). Em pleno centro de Ancara, um carro armadilhado, conduzido por um suicida, tinha matado 28 pessoas. Os alvos eram veículos militares.
As autoridades turcas prenderam quatro suspeitos de ligações ao atentado desta terça-feira em Istambul. Os sujeitos estarão relacionados com o veículo que foi alugado para o ataque, segundo informam os meios de comunicação locais.
Cerca das 8:40 (menos duas horas em Lisboa), em plena hora de ponta na maior cidade da Turquia, um autocarro da polícia foi alvo de um atentado à bomba.
O número de mortos subiu entretanto de 11 para 12 depois de um dos 36 feridos hospitalizados não ter resistido às lesões provocadas pela explosão de um carro armadilhado.
O governador de Istambul adiantou que a bomba foi acionada à distância no momento da passagem do autocarro da polícia pelo local, o bairro histórico de Vezneciller, muito frequentado por turistas.
O ataque ainda não foi reivindicado. Mas, como é habitual, as autoridades turcas já se apressaram a apontar o dedo aos rebeldes curdos do PKK, com o presidente Erdogan a prometer uma luta “sem tréguas” contra os terroristas.
Durante a tarde, a calma foi regressando lentamente a Istambul, mas quem presenciou a tragédia não esconde a preocupação porque “morrem civis, morrem polícias”, afirma uma testemunha, que não sabe como é que se pode “acabar com o terror, mas é necessário acabar com ele”.
Um casal alemão afirma, por seu turno, que pensou “imediatamente que devia ser um ataque à bomba. Não podia ter sido apenas um trovão, um avião ou algo do género”. Estes turistas acabaram por saber os detalhes nas notícias, mas dizem que, “tendo em conta a situação atual, algo semelhante pode acontecer a qualquer momento em Istambul”.
Desde julho do ano passado, mais de 200 pessoas morreram em atentados na Turquia.
O correspondente da euronews, Bora Bayraktar refere que “dois meses e meio depois do último ataque à bomba em Istambul, o novo atentado levou as autoridades a elevarem novamente o nível de alerta terrorista. A polícia está neste momento tentar perceber quem terá estado na origem deste ataque”.
Vladimir Putin anunciou esta terça-feira uma parceria “na luta contra o terrorismo” entre a Rússia e Israel. A aliança foi revelada no decorrer da terceira visita, em nove meses, de Benjamin Netanyahu a Moscovo.
Acompanhado pela mulher e dois outros membros do governo hebraico, o primeiro-ministro de Israel — curiosamente um forte aliado dos Estados Unidos — foi recebido esta terça-feira, no Kremlin, pelo Presidente da Rússia.
O presidente Bashar Al-Assad, prometeu na terça-feira lutar no que ele chamou de guerra Síria contra o terrorismo, mostrando nenhum sinal de compromisso em seu primeiro discurso importante desde que as negociações de paz fracassaram em abril.
Assad disse que iria ganhar de volta “cada polegada” da Síria e disse que Aleppo seria um cemitério para as esperanças e sonhos do presidente turco, Tayyip Erdogan, um dos principais patrocinadores dos insurgentes que lutam para derrubá-lo.
“Nossa guerra contra o terrorismo continua”, disse Assad em um discurso no Parlamento transmitido pela TV estatal. “À medida em que libertamos Tadmur (Palmyra) antes de muitas outras áreas, vamos libertar cada polegada da Síria de suas mãos. Nossa única opção é a vitória, caso contrário, a Síria vai ser desaparecer”.