Protesto promovido depois de o governo de Donald Tusk ter levado ao parlamento quatro projetos de lei para flexibilizar as regras rígidas para interrupção voluntária da gravidez.
Milhares de polacos contra o aborto marcharam em Varsóvia no domingo, no mais recente protesto contra as medidas do novo governo, que pretende aliviar as restrições à interrupção voluntária da gravidez e permitir o aborto até às 12 semanas de gestação.
A visita do novo primeiro-ministro polaco, Donald Tusk, a Kiev serviu para anunciar um plano de cooperação entre os dois países na produção de armamento e munições.
Como pode o novo governo da Polónia continuar a apoiar a defesa da Ucrânia contra a agressão militar russa e como pode ser resolvido o diferendo entre as nações vizinhas sobre o transporte de cereais e camiões? Foi para responder a essas e outras questões que o primeiro-ministro polaco, Donald Tusk, se encontrou esta segunda-feira com o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy em Kiev.
A Comissão Europeia está a monitorando a crise política na Polónia suscitada pela reforma dos meios de comunicação públicos e "terá de agir" se forem comprovadas violações do direito comunitário, avisou a vice-presidente, Věra Jourová, em entrevista à Euronews.
"Estamos atentos, claro. Todos os dias há alguma coisa a acontecer", disse Věra Jourová, vice-presidente da Comissão Europeia que tem a pasta dos Valores e Transparência, na entrevista, quarta-feira, no Fórum Económico Mundial, em Davos (Suíça).
Neste ponto, podemos ser perdoados por pensar que a sabotagem dos oleodutos Nord Stream já é história antiga. Afinal de contas, a cobertura noticiosa dos principais meios de comunicação social e da televisão em horário nobre, em geral, “seguiu em frente” assim que se tornou claro que a Rússia não tinha nada a ver com isso.
Neste ponto, o consenso mesmo entre os inimigos veementes de Moscou é que a série de explosões de 26 de Setembro de 2022, que desativaram os gasodutos de gás natural NS-1 e NS-2 da Rússia para a Alemanha, teve envolvimento ucraniano e/ou ocidental. Embora fontes da MSM tenham favorecido a teoria de que se tratava de um grupo misterioso de agentes pró-Ucrânia num pequeno iate, o lendário jornalista de investigação Seymour Hersh relatou que se tratava de uma operação especial da CIA e da Marinha dos EUA, com a ajuda dos serviços de inteligência noruegueses.
Donald Tusk tomou posse como primeiro-ministro da Polónia esta quarta-feira. No seu discurso inaugural prometeu reatar os laços entre Varsóvia e Bruxelas e exigir que o Ocidente mantenha o seu apoio à Ucrânia.
O liberal europeísta Donald Tusk foi empossado primeiro-ministro da Polónia esta quarta-feira pelo Presidente polaco Andrzej Duda, pondo oficialmente fim a oito anos do governo do partido nacionalista Lei e Justiça.
Na cerimónia de tomada de posse do novo governo, os seus ministros também prestaram juramento perante o chefe de Estado.
Donald Tusk nomeado primeiro-ministro da Polônia após governo de Morawiecki ser rejeitado pelo Parlamento
O parlamento polaco elegeu esta segunda-feira Donald Tusk como o novo primeiro-ministro do país, após o governo de Mateusz Morawiecki ter sido rejeitado.
O líder da Plataforma Cívica recebeu os votos favoráveis de 248 deputados e 201 votos contra.
A nova administração de Donald Tusk estaria considerando a criação de um Ministério da Igualdade, separado do atual Ministério da Família e Política Social
De acordo com fontes não oficiais, o novo governo de Donald Tusk deverá reestruturar o existente Ministério da Família e Política Social. A televisão TVN24 noticiou a possibilidade de criação de dois novos ministérios: o Ministério da Política para Idosos e o Ministério da Igualdade.
Marzena Okła-Drewnowicz, membro da Plataforma Cívica (PO), deverá chefiar a primeira, enquanto Katarzyna Kotula, da Nova Esquerda, deverá liderar o Ministério da Igualdade.
A Comissão Europeia deu luz verde, nesta terça-feira, à revisão do plano de recuperação e resiliência da Polónia, no valor de quase 60 mil milhões de euros. A primeira tranche está avaliada em 5 mil milhões de euros.
O novo plano de recuperação e resiliência (RRF) para a Polónia combina 34,5 mil milhões de euros em empréstimos a juros baixos e 25,3 mil milhões de euros em subvenções, que deverão sair dos cofres de Bruxelas, em várias parcelas, ao longo dos próximos anos.
Um deles prevê a legalização total do direito de interromper uma gravidez até à 12ª semana de gestação e o outro descriminaliza a ajuda ao aborto.
Um dos partidos da coligação que controla atualmente o Parlamento polaco apresentou projetos de lei com vista à legalização do aborto. As propostas do "Nova Esquerda" permitiriam a interrupção da gravidez até à 12ª semana de gestação. A liberalização das leis proibitivas do aborto no país, foi uma promessa de campanha de dois dos três partidos do bloco de centro-esquerda durante a recente campanha eleitoral. A vitória pôs fim a oito anos de governo conservador, durante os quais o acesso ao aborto se tornou cada vez mais restrito.
A Coligação da oposição, liderada por Donald Tusk, tem "quórum" para governar, mas o Presidente pediu aos aliados do Lei e Justiça para formarem governo.
O deputado pró-europeu Szymon Holownia foi eleito Presidente da Câmara Baixa do Parlamento polaco, que reuniu nesta segunda-feira pela primeira vez desde as eleições de outubro. Foi uma vitória da coligação que reivindica o direito a formar governo.
Os planos de investimento serão abandonados e a política externa e de defesa polaca também mudará significativamente sob o novo governo, alertou o Prof.
O novo governo liberal na Polônia provavelmente anulará planos de investimento importantes, como a construção do Porto Central de Comunicações (CPK), o porto de contentores em Świnoujście e a proposta central nuclear na Pomerânia, previu um conselheiro importante do governo cessante.
Segundo o professor Ryszard Legutko, a mudança de poder na Polônia ocorre num momento em que a UE se prepara para a centralização e, portanto, o conceito de Estados-nação na Europa está em perigo
O professor Ryszard Legutko, eurodeputado conservador do partido Direito e Justiça (PiS), disse à televisão pública TVP que as eleições polacas foram observadas com atenção por ambos os lados da divisão sobre o futuro da UE. Isto acontece porque “a luta pelo poder na UE está ocorrendo a vários níveis”.
A Polônia poderá em breve ter um governo mais progressista e europeísta: o líder da Plataforma Cívica, Donal Tusk, pode contar com mais dois partidos da oposição para chegar ao cargo de primeiro-ministro.
O partido conservador e nacionalista Lei e Justiça, no poder, venceu as eleições legislativas, mas não deverá conseguir formar uma coligação para ter maioria parlamentar.
Os resultados oficiais parciais divulgados, esta segunda-feira, pela Comissão Eleitoral Estatal, com mais de dois terços dos círculos eleitorais apurados, apontam os partidos da oposição com uma clara vantagem.
O presidente polaco, Andrzej Duda, afirmou nesta quinta-feira que os comentários do primeiro-ministro sobre não armar mais a Ucrânia foram interpretados de forma errada, no meio de uma disputa crescente entre os dois países.
A Polônia tem sido um dos mais ferrenhos apoiantes da Ucrânia desde a invasão russa em fevereiro de 2022, e é um dos principais fornecedores de armas a Kiev.
O primeiro-ministro Mateusz Morawiecki disse na quarta-feira: “Nós não transferiremos mais armas para a Ucrânia, porque agora estamos armando a Polônia com armas mais modernas”.
O anúncio de sexta-feira da União Europeia, que põe fim efetivamente à proibição de importação de cereais ucranianos em cinco Estados-membros, colocou mais uma vez Bruxelas em rota de colisão com alguns dos principais membros da Europa Central e Oriental. “As medidas existentes expirarão hoje”, afirmou a Comissão Europeia, alegadamente baseada em promessas verbais de que Kiev controlará as exportações.
Logo após a invasão russa, a UE procurou medidas de controle através da imposição de quotas e tarifas sobre os produtos alimentares ucranianos; no entanto, a inundação de cereais ucranianos baratos nos mercados europeus ameaçou a sobrevivência dos agricultores em locais como a Bulgária, a Hungria, a Polônia, a Roménia e a Eslováquia. Alguns destes mesmos países – Polônia, Hungria e Eslováquia – disseram agora que não farão parte deste jogo, e anunciaram em uníssono que desafiarão a decisão da UE prolongando a proibição temporária.
Varsóvia se recusa abrir fronteiras aos cereais do país vizinho. A União Europeia tinha estipulado que o fim da proibição acontecia a 15 de setembro.
A Polónia vai manter o embargo aos cereais ucranianos após 15 de setembro, data fixada por Bruxelas para a abertura das fronteiras. Kiev já responder e diz estar disposta a levar o assunto à Organização Mundial do Comércio (OMC) para exigir uma compensação à Polónia.
A Comissão Europeia considerou "inaceitáveis" as proibições de importação de cereais ucranianos pela Polónia e Hungria, decididas no fim-de-semana.
"Temos conhecimento dos anúncios da Polónia e da Hungria sobre a proibição de importação de cereais e outros produtos agrícolas da Ucrânia. Estamos a solicitar mais informações às autoridades competentes para podermos avaliar as medidas", disse um porta-voz da Comissão Europeia.
A situação na Ucrânia e as atividades militares nas proximidades da central nuclear de Zaporíjia levaram o governo polaco a decidir estabelecer pontos de distribuição gratuita de comprimidos de iodo, em todo o país. A ameaça nuclear é real.
O vice-ministro da Administração Interna, explicava que a decisão se enquadra no âmbito da _"chamada gestão de crise. Trata-se de uma preparação para a eventualidade de um acidente numa central nuclear", referia Błażej Poboży. Acrescentando que este medicamento, "contendo o chamado iodo estável", destinam-se a bloquear a glândula da tiroide de uma possível exposição e da absorção de iodo radioativo.
O desbloqueio do fundo de recuperação pos-Covid19 para a Polónia, antes deste país erradicar as leis que violam a independência judicial, indignou quatro organizações que representam juízes europeus.
No domingo, essas organizações decidiram levar o caso a tribunal para travar a transferência de verbas que foi autorizada.
Há vários acórdãos do Tribunal da Justiça da UE a exigir as reformas na Polónia e, ainda, um novo mecanismo que condiciona a entrega de fundos europeus ao respeito pelos valores do Estado de direito.
Em 27 de Julho, o pastor polonês, Pawel Chojecki, confrontou o deputado governista, Tadeusz Cymánski, em seu programa de televisão, por apoiar uma lei sobre ultraje (ou ofensas) a Igreja e seus símbolos. O deputado em questão defendeu alterações na lei para que as penalidades fossem ainda mais duras, com a possibilidade até mesmo de pena de prisão. O pastor Pawel sob estas leis (forma atual) foi condenado anteriormente por um tribunal em primeira instância por criticar, e de certo modo, '‘ofender’' as doutrinas da Igreja Católica. Durante o debate ao vivo, o pastor também enfatizou que a lei é injusta, porque abre caminho para condenar cidadãos poloneses de outras denominações religiosas, pelo simples fato de pregar ou contestar a doutrina ou liturgia católica, independente se com adjetivos pesados, ou simples refutações.
O diálogo do pastor com o deputado pode ser visto acessando este link.