27 de ago. de 2022

Polônia – pastor confronta deputado governista por apoiar lei de censura na forma de proteção religiosa



Em 27 de Julho, o pastor polonês, Pawel Chojecki, confrontou o deputado governista, Tadeusz Cymánski, em seu programa de televisão, por apoiar uma lei sobre ultraje (ou ofensas) a Igreja e seus símbolos. O deputado em questão defendeu alterações na lei para que as penalidades fossem ainda mais duras, com a possibilidade até mesmo de pena de prisão. O pastor Pawel sob estas leis (forma atual) foi condenado anteriormente por um tribunal em primeira instância por criticar, e de certo modo, '‘ofender’' as doutrinas da Igreja Católica. Durante o debate ao vivo, o pastor também enfatizou que a lei é injusta, porque abre caminho para condenar cidadãos poloneses de outras denominações religiosas, pelo simples fato de pregar ou contestar a doutrina ou liturgia católica, independente se com adjetivos pesados, ou simples refutações. 

O diálogo do pastor com o deputado pode ser visto acessando este link

Existe um sério problema atualmente na Polônia, tanto com a classe política, quanto com a alta cúpula da Igreja Católica polonesa. Eu particularmente, não aprovo a linguagem do pastor Pawel durante seu sermão, mas não acho que nem ele nem mesmo um leigo, ateu, ou crente de outra religião, mereça pena de prisão por se expressar, pois esse tipo de pessoa tem restrição por lei para não importunar pessoas em reuniões religiosas, ou na vida pública, por elas serem religiosas. Já há uma lei para isso, e ela deve ser seguida e observada. 

O problema é que o governo polonês parece querer “superproteger” demais a igreja polaca, mas não com boas intenções – como de fato não é pelo que lemos acima –, mas sim para obter apoio resoluto para tudo o que faz, uma vez que a Polônia é irremediavelmente um país de maioria católica, e um favorecimento, principalmente na frente dos liberais (esquerdistas) é uma vantagem irrecusável. Mas isso é um problema à medida que quaisquer atos do governo no manejo da política e governança se mostrem contraditórios aos anseios da população, ou de uma parcela dela que realmente confia que esse favorecimento se dá pela afinidade religiosa, e não por um amplo apoio público da classe sacerdotal na forma de silêncio a decisões temerárias na administração do país. 

Um bom exemplo disso é o governo de Andrzej Duda, presidente do país: Duda assinou acordos com a China comunista, entre os quais compromete a Polônia com a iniciativa da Nova Rota da Seda. O regime chinês persegue os católicos chineses com ferocidade sem igual. Ainda este ano, o presidente Duda foi até as Olimpíadas de Inverno em Pequim, mesmo após uma série de diplomacias terem rejeitado ir, à luz dos vazamentos hackers de imagens dos campos de concentração Uigur em Xijiang, que o regime chinês chama cinicamente de "campos de reeducação". O presidente foi à revelia das denúncias de tortura, trabalhos forçados e assassinatos por motivação etno-religiosa. Outra traição flagrante do governo polonês é a permissão da abertura de institutos Confúcio; os institutos Confúcio são braços propagandísticos do regime comunista,  que usa sua fachada de instituição cultural e educacional para disseminar propaganda pró-Pequim. Nenhum bispo católico polonês criticou o presidente por isso, e o silêncio reinou entre eles.

Mas o pastor Pawel foi um dos críticos vocais dele em seu programa de televisão. Embora eu não possa dar certeza disso, eu tenho a impressão de que esse também é um dos motivos pelo qual o tribunal condenou tão rápido o pastor, e porque alguns bispos ficam calados, diante de tamanho emparelhamento da igreja para fins políticos. 

Além de comprometer a nação católica da Polônia no projeto totalitário e econômico da China, Duda também estabeleceu o Passaporte de Vacinação Digital, ou Passe Covid, se preferir. Ele e seu governo auxiliaram a União Europeia a estabelecer um fichamento digital, sem o qual as pessoas basicamente perdem seus direitos civis. O Passaporte de Vacinação é uma invenção da China comunista, e replicada pelo Ocidente, principalmente por políticos patrocinados por Davos. Enquanto a Igreja Católica polaca aceita todo tipo de bajulação de Duda, ele e seus esbirros aprovam leis que não protegem a Igreja Católica, mas compra o apoio dos bispos para ficarem de bico fechado, enquanto vendem o país para projetos totalitários, muitos dos quais boa parte do clero polaco não tem coragem de contestar, por tamanho favorecimento. 

Com a maioria das concessões de redes de TV e rádio tendo como preferência os grupos religiosos, o governo polonês constituí basicamente uma rede midiática favorável, contudo, que o torna imune a crítica, mesmo entre os religiosos. Isso é uma forma muito sorrateira de comprar apoio e lealdade, o que equivale a comprar o silêncio. Os católicos poloneses precisam acordar e perceber o quão mal o seu governo está fazendo a nação católica. Enquanto os distrai com a guerra, e uma solidariedade resoluta a ela na forma de apoio a Ucrânia (Zelensky), pouco a pouco a Polônia está assimilando a agenda de Davos, sob os auspícios do seu líder, e da liderança católica omissa. A Polônia deveria ser um bastião anticomunista, e anti-globalista, mas sob os líderes políticos e religiosos, parece que a Polônia tornou-se o bastião de aliar-se com o mal.

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