PP, 24/03/2025
“Qualquer país que comprar petróleo e/ou gás da Venezuela será obrigado a pagar uma tarifa de 25% aos Estados Unidos, em qualquer transação comercial que fizer com nosso país”, anunciou o ex-presidente Donald Trump.
As “novas e severas sanções” que o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, havia ameaçado impor ao regime de Nicolás Maduro na semana passada começaram a ser implementadas. De acordo com Trump, países que adquirirem petróleo da Venezuela e mantiverem relações comerciais com os EUA terão que pagar uma tarifa adicional de 25%. O anúncio foi feito nesta segunda-feira na rede social Truth Social.
“Qualquer país que comprar petróleo e/ou gás da Venezuela será obrigado a pagar uma tarifa de 25% aos Estados Unidos em qualquer negócio que fizer com nosso país”, reafirmou Trump, justificando a medida ao alegar que “a Venezuela tem sido muito hostil com os Estados Unidos e com a liberdade que defendemos”.
Além disso, Trump acusou o regime venezuelano de enviar “intencionalmente e de forma enganosa dezenas de milhares de criminosos de alta periculosidade para os Estados Unidos, muitos deles assassinos e indivíduos extremamente violentos”. Ele destacou que, entre as gangues supostamente enviadas para os EUA, está o Tren de Aragua, que foi classificado como uma “organização terrorista internacional”.
President Donald J. Trump announced today that the United States of America will be putting what is known as a Secondary Tariff on the Country of Venezuela, for numerous reasons, including the fact that Venezuela has purposefully and deceitfully sent to the United States,…
— Donald J. Trump Posts From His Truth Social (@TrumpDailyPosts) March 24, 2025
O primeiro passo de um plano para favorecer a Chevron?
De acordo com o comunicado, essa tarifa adicional entrará em vigor a partir de 2 de abril, data que Trump chamou de o “dia da libertação nos Estados Unidos”. No dia seguinte, expira o prazo para que a Chevron encerre suas operações na Venezuela, após a decisão de Trump de revogar a licença 41, concedida pelo governo de Joe Biden no final de 2022. Apesar da intensa pressão da Chevron para conseguir uma extensão de pelo menos 60 dias, Washington ainda não tomou nenhuma decisão sobre o pedido, segundo o Wall Street Journal.
O WSJ também relatou a existência de um suposto plano que prevê a imposição de sanções e tarifas a outros países que comerciarem com a Venezuela, favorecendo assim as empresas americanas. O presidente-executivo da Chevron, Mike Wirth, argumentou em reuniões com altos funcionários do governo dos EUA que a saída da empresa da Venezuela não apenas agravaria a crise econômica local, aumentando a migração, mas também permitiria que China e outros adversários dos EUA expandissem sua influência no país sul-americano.
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