Krzysztof Bosak |
RM, 04/01/2024
Por Gregory Adam
O partido de direita da Confederação, que se opõe ao anterior governo conservador do PiS, bem como ao atual governo de esquerda liberal, soou o alarme sobre o lobby dos meios de comunicação social e dos economistas a favor da introdução do euro na Polônia.
O Ano Novo trouxe consigo artigos no influente diário Rzeczpospolita, argumentando que a Polônia está perdendo financeiramente como resultado de permanecer fora da zona euro. Estes artigos citam economistas que afirmam que a Polônia está perdendo dinheiro todos os anos que permanece fora da zona euro.
Contudo, a questão não é tão simples como os entusiastas do euro gostariam que fosse. Na verdade, os economistas estão claramente divididos sobre esta questão e, igualmente importante, o mesmo acontece com a sociedade polaca.
Segundo o líder do partido Confederação, Krzysztof Bosak, os argumentos a favor do euro são mais políticos do que econômicos. Ele diz que se trata de uma união cada vez mais estreita e do fim da soberania nacional, e não de pragmatismo econômico.
Bosak argumenta que a redução do risco por não ter mais de estar à mercê da taxa de câmbio do euro, não compensa a falta de capacidade de regular a economia através do valor da própria moeda. Além disso, disse sentir que não vale a pena ceder tanto poder a instituições estrangeiras.
As palavras de Bosak foram repetidas na esquerda por Adrian Zandberg, o líder do partido Together, que apoia o governo de Donald Tusk. Ele considera que a entrada precipitada na zona euro pode ser prejudicial para a economia polaca.
Zandberg quer ver primeiro uma maior convergência entre as economias polaca e ocidental e observou que a Polônia não cumpre atualmente os critérios para entrar na zona euro.
Ele disse acreditar que a UE deve primeiro aumentar o investimento público e alinhar salários e benefícios sociais. Só então fará sentido falar de uma moeda comum em todos os estados europeus, argumenta.
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