Euronews, 04/01/2024
A primeira-ministra italiana espera impor na agenda política temas como a migração, depois de no final de 2023 ter sido alcançado um novo pacto europeu sobre migrações e asilo.
A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, afirmou que o Pacto de Migração e Asilo da União Europeia melhorou parcialmente a situação em Itália e noutros países de asilo, mas não representa uma solução a longo prazo.
Numa conferência de imprensa de balanço de ano, nesta quinta-feira, a chefe do governo italiano ressalvou contudo que o pacto alcançado no final de 2023 introduz regras "melhores que as anteriores", ao partilhar responsabilidades de acolhimento entre os 27 Estados-membros do bloco comunitário.
"Nunca resolveremos o problema se pensarmos apenas como gerir os imigrantes quando chegam à Europa", argumentou Meloni, para quem o foco deve ser igualmente colocado nos países de origem e de trânsito.
A primeira-ministra de Itália elegeu ainda o apoio ao desenvolvimento de África e os perigos colocados pela inteligência artificial (IA) como temas-chave da presidência italiana do G7 (as sete maiores economias mundiais, mais União Europeia), que o país assumiu no início de janeiro.
Nas quase três horas em que falou aos jornalistas, Meloni também não afastou a possibilidade de ser candidata às eleições europeias de junho.
"A questão da candidatura às eleições europeias é uma decisão que ainda não tomei", adiantou, referindo a necessidade de avaliar tal hipótese com os restantes parceiros da atual coligação governamental italiana de direita e extrema-direita (Forza Italia e Liga).
A chefe do executivo italiano falou ainda sobre a nova reforma constitucional proposta pelo seu governo, que está a ser debatida no parlamento italiano. Meloni sublinhou que a reforma não pretende mudar o papel do chefe de Estado, mas sim acabar com a alta rotatividade de primeiros-ministros no país.
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