1 de mai. de 2022

Europa pós-moderna




Pós-Modernismo

"O pós-modernismo, nascido em condições seculares ocidentais, tem as seguintes características: enfatiza o pluralismo e o relativismo e rejeita qualquer crença e valor absolutos; entra em conflito com o essencialismo e considera a identidade humana uma construção social; rejeita a ideia de que os valores são baseados em realidades de desenvolvimento e também rejeita a influência essencial das ações humanas sobre o destino humano. Em religião, o pós-modernismo é: religiões que podem ser interpretadas usando a filosofia pós-moderna incluem o cristianismo pós-moderno, o neopaganismo pós-moderno e derivados (Nova Era).". Essa nova filosofia espiritual é terreal, ela se baseia na crença do relativismo de que tudo está em fluxo, e mudando. Portanto, o que era piedade cristã ontem não será o mesmo amanhã. Antes caridade era tirar viciados das ruas, pregar para prostitutas e lhes oferecer outra vida, combater os vícios, e alimentar os cidadãos famintos esquecidos pelo longo e falho braço do estado. Mas na Cristandade atual, inclusive europeia, caridade virou coadunar com as práticas e filosofias pós-modernas dos relativistas morais, ensinar o que o pós-modernismo tem de melhor, e transformar a igreja em uma reunião de DCE de extrema-esquerda. A maioria dos monarcas que são representantes das igrejas na Europa são tão relativistas morais quanto os leigos. O Rei Felipe VI, subscreve a agenda 2030, a rainha Sílvia, da Suécia, não passa de uma grande promotora da UNESCO, e a monarquia britânica, quando não está em frangalhos pelas sinalizações de virtude pessoais, ou lacrações intrafamiliar, estão dando escândalos pela sua igreja cada vez mais inclusiva e pecaminosa. Os frutos podres do pós-modernismo já se tornou uma joia rara nas coroas europeias. 

O Estado do Bem-Estar Social em uma Sociedade Envelhecida

O financiamento do Estado do bem-estar social depende criticamente do crescimento populacional e de famílias fortes, conforme evidenciado pelo doloroso retorno dos problemas sociais na envelhecida Europa e sua crise da dívida soberana, bem como no agravamento dos problemas da dívida no Japão. De fato, um relatório recente do banco de investimentos Morgan Stanley sugere que a proporção de idosos em um país pode agora ser um indicador mais importante de sua possibilidade de decretar um calote do que o tamanho de sua dívida atual, especialmente por que os eleitores idosos provavelmente não apoiarão reformas no sistema de previdência pública que limitem sua renda.

As fontes demográficas da crise atual no Estado do bem-estar social não são difíceis de compreender. Enquanto a população estiver crescendo, cada nova geração de aposentados pode receber bem mais em pensões públicas e benefícios de assistência à saúde do que eles pagaram sem criar sobrecarga financeira sobre o futuro da nação. Mas, diante do envelhecimento atual da população, os benefícios para os idosos não podem mais ser financiados por uma força de trabalho em rápida expansão. Esses benefícios precisam ser limitados para aquilo que uma população em idade produtiva cada vez menor é capaz e está disposta a contribuir para o suporte aos idosos.

França, Alemanha, Suécia, Itália, Japão e muitos outros países com população envelhecida já fizeram cortes draconianos em suas pensões futuras prometidas e a insolvência, ou ameaça de insolvência, está forçando muitos outros países (como a Grécia, Espanha e Irlanda) a seguirem o mesmo caminho. Até mesmo os EUA estão agora diante de um problema similar; por exemplo, em 2010 a Previdência Social começou a pagar mais para os idosos do que está recebendo em contribuições dos trabalhadores ativos atuais. Em uma sociedade envelhecida, gastos crescentes com aposentadorias e assistência à saúde para os idosos também competem inevitavelmente com os recursos disponíveis para investir nas crianças e nas famílias. Diante do aumento do déficit orçamentário, a Grã-Bretanha cortou os benefícios para as crianças, ao mesmo tempo que em grande parte protegeu os aposentados. Assim, os declínios na fecundidade e o crescimento do número de idosos na população representam um desafio fundamental para a viabilidade financeira do Estado do bem-estar social em grande parte do mundo desenvolvido.

Fonte: espada

A Multicultura

"Multiculturalismo, ou pluralismo cultural, é um termo que descreve a existência de muitas culturas numa região, cidade ou país, com no mínimo uma predominante. O Canadá e a Austrália são exemplos de multiculturalismo; porém, alguns países europeus advogam discretamente a adoção de uma política multiculturalista". Ou seja, uma prática de criar um ambiente com essas características, mas preservando todas as características culturais da cultura em questão, tanto costumes, quanto valores. Por muitas vezes essas culturas passam a fazer parte da cultural predominante como sendo minoria, e por conta disso, acabam ganhando status especiais e proteção do estado. Essas políticas não são feitas somente com cidadãos residentes, filhos de imigrantes, mas têm por base as políticas de imigração em massa da União Europeia, em caráter humanitário, o que obriga todos os Estados-Membros a aderir, ou sofrer sanções. A Política de Asilo da União Europeia é totalmente vinculante. Além disso, essas políticas visam tentar resguardar o sistema previdenciário, e programas sociais. O sangue novo imigrante garante mão de obra, e o aquecimento da economia, portanto, a viabilidade do sistema de pensões, previdência e etc. O problema é que esse grupo não se adapta, exatamente porque são incentivados a manter sua cultura, que é antagônica a dos anfitriões. Os líderes europeus estão mais preocupados em integrar os europeus a cultura dos estrangeiros, e os estrangeiros a pirâmide previdenciária, através da inserção deles no mercado de trabalho, do que fazê-los se adaptar as normas e cultura europeia. A reposição demográfica para uma Europa envelhecida tem muitas facetas, tanto econômicas, quanto políticas. No Ocidente pós-moderno, a família é uma construção social, e os valores são relativos. Família pode ser qualquer grupo que queira se dizer assim, sejam pessoas do mesmo sexo, ou até mesmo um ser humano e um animal. Tudo é subjetivo, pois são novos tempos. Maternidade é escravidão, libertinagem é a verdadeira libertação. E nenhum compromisso deve ser exigido de uma geração que não tem obrigação de carregar o peso de suas obrigações. Isso cria uma geração de ineptos estéreis. A solução proposta para isso é a imigração em massa para repor o tecido social, e o Multiculturalismo, como garantidor da permanência dessa sociedade disfuncional, cujo único problema social outrora era exatamente uma geração não compromissada com a reprodução, e a auto-realização para o bem do país. Tudo isso, fruto de uma cultura deliberadamente alimentada. Os novos "problemas sociais" serão atribuídos a sociedade "A" e "B", dentro da comunidade europeia de nações. Os novos suecos, como chamam, queimam casas e instalações de asilo, bem como pegam em armas, roubam e traficam drogas, porque seus guetos não têm o suficiente para seu sustento. Sua disparidade é artificial, assim como sua integração e status de cidadão nativo.

As instituições

"Lei na União Europeia: Os tribunais nacionais aceitaram que a lei europeia tem precedência sobre a lei nacional conflitante , mesmo as leis nacionais que são aprovadas após a elaboração da lei europeia. Por outras palavras, que a lei da UE tem primazia nas leis dos Estados-Membros é bem aceito.". Um dos motivos dos britânicos e cidadãos do Reino Unido terem votado para sair da União Europeia é que para cada processo de criminosos estrangeiros, uma nova burocracia nasce nas cortes europeias. O Reino Unido tinha dificuldades para processar criminosos comuns, porque o poder judiciário europeu impedia, e intervinha com questões "humanitárias". Além disso, nenhuma reforma judicial pode ser feita sem a interferência da União Europeia. A Polônia, que fez reformas no seu sistema, tem sido alvo de ações judiciais da Comissão Europeia até hoje. A Hungria sofre com o mesmo problema, por se recusar a aderir aos programas de direitos humanos da Comissão, e a sujeitar seus tribunais ao super-estado.  Para os burocratas europeus, não pode haver somente integração econômica, uma integração total do estado de direito e da cultura burocrática precisam ser incorporadas. Os países que prezam pela liberdade, seja econômica ou individual, não terão vida na União Europeia. A cada crise, a União Europeia se torna um ralo cada vez maior, e vai sugando a soberania dos estados. Os abutres, que querem se beneficiar do desmantelo de seus países dentro da organização, se amontoam para disputar cargos políticos, na esperança de que com a expansão da União Europeia, e o esfacelamento dos seus estados, novos cargos vitalícios sejam criados, e assim eles possam mandar sem prestar contas, como já tem acontecido. 

 As liberdades civis

"Em 15 de fevereiro de 2011, o Tribunal Criminal Regional de Viena concluiu as declarações de uma  mulher austríaca, alegando que o profeta Maomé gostava de menininhas, insinuava que ele tinha tendências pedofílicas e a condenou por depreciar doutrinas religiosas. Foi condenada a pagar uma multa de 480 euros e os custos do processo. A mulher recorreu, mas o Tribunal de Apelação de Viena confirmou a decisão em dezembro de 2011, confirmando essencialmente as conclusões do tribunal inferior.". Embora seja uma decisão do tribunal austríaco, decisões como essa se repetiram rotineiramente pela Europa. Além disso, a liberdade de expressão foi grandemente podada, pelo fato de líderes europeus não aceitarem figuras críticas ao Islã em solo europeu. Um bom exemplo foram boicotes a Pamela Geller e Robert Spencer no Reino Unido, e demais países. Na Alemanha, por exemplo, quaisquer referências ao Islã em torno dos distúrbios em Colônia, em 2015, poderia gerar uma batida policial na porta. O mesmo na Holanda, onde eles sabiamente não colocam o Islã como ponto central da intimação policial, mas sim o genérico "discurso de ódio", que pode ser atribuído como sendo uma crítica ao Islã. Vários países europeus adotaram essa resolução, como uma cortina de fumaça retórica para censurar cidadãos, e superproteger o Islã. 

Nos países desenvolvidos, o índice de felicidade da população é medido da seguinte forma: Gênero, renda, estado civil, nível de escolaridade, satisfação no trabalho, saúde promoção da educação e aumento do conhecimento. Cada uma dessas categorias são genéricas, pois são atribuições de níveis de felicidade seguindo o programa de desenvolvimento da ONU. Todas elas foram criadas como uma forma de conferir as metas, e se as pessoas identificam nelas a sua própria realidade. O que se questiona é o índice de felicidade baseado em metas das quais estão atreladas a ações diretas ou indiretas do estado, que é aquele que põe em prática os programas da ONU. Tudo o que fizeram foi trocar a liberdade por satisfações materiais e percepções de inclusão, em uma categoria social. Isso significa que qualquer um que não tenha a noção de que alcançou uma dessas metas dará o veredito contrário, de que não vive em uma nação feliz. Basicamente, o raking de felicidade é uma avaliação do quanto a sociedade assimilou a ideia de desenvolvimento sustentável da ONU, que inclui saber se cada indivíduo, crente de que faz parte de uma subdivisão de classe, está emancipado, e se enquadrou devidamente na categoria de grupos marginais que receberam a justiça social, seja através do mundo corporativo, que controla a empresa em que trabalha, ou do seu governo, que junto dessas empresas do mundo corporativo subscrevem e forçam o programa para todos os trabalhadores. 

Um país deve não ser medido pelo seu  índice de desenvolvimento humano, mas pelo índice de liberdade. Não direitos civis, mas liberdade, de modo geral, pois até mesmo essas liberdades foram sequestradas pela agenda sustentável da ONU,  reformuladas, e subdividas em direitos de classes. Se o PIB ou IDH de um país determinasse o quão "feliz" ou livre ele é, então a China estaria de longe sendo o lugar mais feliz do mundo, pois mesmo em sua ditadura tecnocrata onipresente, as pessoas têm índices de desenvolvimento humano maior do que muitos estados europeus. Portanto, há uma clara falácia nesses índices, pois eles apenas tentam fazer com que os cidadãos se reconheçam como felizes em uma categoria de questões que correspondem uma agenda, e não de fato suas liberdades civis. Se você vive em um país com índice de desenvolvimento humano impecável, mas não pode falar o que quer, então você não é feliz, você apenas é alimentado por um regime insidioso com aparência de democracia, mas que tem total controle sobre você. A China é assim, e muitos países ocidentais adotaram essa postura, e agem de forma muito similar. O caso da Áustria ilustra bem isso. 

 Eleições e processo democrático

Conselho Europeu: Cada novo Presidente é nomeado pelo Conselho Europeu e eleito pelo Parlamento Europeu, para um mandato de cinco anos. O presidente da Comissão também faz um discurso anual sobre o Estado da União ao Parlamento Europeu. Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia é um bom exemplo: ela era braço direito de Merkel no Ministério da Defesa alemã, e logo após Merkel ter saído do cargo, foi fisgada para eleições no Parlamento Europeu, onde os deputados do Conselho votaram a escolheram como novo líder. Von der Leyen não foi eleita para o cargo de ministra de Merkel, e nem da Comissão Europeia, pois ela foi votada por políticos para um cargo que mexe com o continente inteiro, sem qualquer participação do público. Esses líderes acabam criando normas e leis que vão ser repassadas para os países. Os que não adotarem sofrem ações judiciais, e até sanções financeiras. Se esse é o processo democrático da União Europeia, então devolvam os países do leste a União Soviética. Von der Leyen, além de ser acusada de corrupção, não ficou para prestar contas as autoridades. Suas ações foram varridas para debaixo do tapete, porque a União Europeia conhece os juízes que operam seu caso, e os faz lembrar de que o que prevalece é o Tribunal Europeu. 

Ainda há tempo de lutar, mas essa luta precisa ser feita levando em consideração muitas questões. Países como a Polônia e a Hungria fazem bem em resistir na cara as políticas da União Europeia, mas isso não é o suficiente, se o plano deles a longo prazo é tentar se manter vivo dentro de um aquário sujo, cheio de peixes mortos, com parasitas querendo comer os sobreviventes. Estes países precisam entender  que a causa de muito da destruição do continente não vem do vizinho russo, com quem o órgão fez acordos por gás, mas sim do amago, do centro do poder em Bruxelas. Diferentemente da Le Pen, não há como transformar a União Europeia, assim como não da pra transformar a ONU. São organizações supranacionais que nasceram antidemocráticas. Elas não são tentativas louváveis que foram infiltradas e sequestradas por pessoas de má fé, ela foi uma iniciativa de má fé, que cooptou pessoas de boa vontade,  que agiram de boa vontade sob a batuta daqueles que tinham má fé. Ainda há tempo de salvar os países, mas não a Europa. A falta de fé nos indivíduos é a falta de fé na nação. A falta de base de valores é a falta de identidade da nação.

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