Euronews, 10 de dezembro de 2018
A Primeira-ministra britânica anunciou o adiamento da votação do Brexit já que este deve ser rejeitado "por uma margem significativa" do parlamento. Theresa May afirmou que embora exista um amplo apoio do acordo para o Brexit em vários aspetos há ainda preocupações na generalidade:
"É claro que embora haja amplo apoio a muitos dos principais aspectos do acordo, numa questão, o controlo da Irlanda do Norte, permanece uma preocupação ampla e profunda. (...) Portanto, adiaremos o cronograma de votação previsto para amanhã e não continuaremos a dividir a casa (Câmara dos Comuns) neste momento", disse May.
Theresa May afirmou que tem a certeza que este é o acordo certo já que honra o resultado do referendo. É preciso fazer compromissos, dos dois lados do acordo, se o país quiser chegar a um compromisso com a União Europeia. Um novo referendo poderia levar a novas divisões no país, afirmou a chefe do executivo britânico.
Para o líder dos Trabalhistas, que falou logo a seguir a May, não faz sentido que a primeira-ministra volte ao parlamento com o mesmo documento que seria recusado pela maioria. Jeremy Corbyn não teve papas na língua:
"É um mau acordo para o povo britânico, um mau acordo para a nossa economia e um mau acordo para a nossa democracia. O nosso país merece melhor que isto. Se a primeira-ministra não consegue ser clara sobre a renegociação do acordo, então deve sair."
O futuro de Theresa May está em jogo e multiplicam-se os rumores de uma moção de censura, entretanto a primeira-ministra vai adiando o inadiável. A aprovação do acordo com Bruxelas na Câmara dos Comuns é essencial e 21 de janeiro é a data limite para o fazer. Aconteça o que acontecer, May jura a pés juntos que 29 de março será o último dia do Reino Unido na União Europeia.
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