Euronews, 01 de abril de 2017.
As autoridades de Gibraltar estão indignadas com a possibilidade de, após o “Brexit”, Espanha poder vetar qualquer acordo relativo ao pequeno território, no sul da Península Ibérica.
A cláusula do documento enviado por Donald Tusk aos 27 Estados-membros, com as linhas de orientação para a negociação da saída do Reino Unido da União Europeia, diz que após o “Brexit” “nenhum acordo entre a UE e o Reino Unido poderá ser aplicado ao território de Gibraltar sem um acordo entre o Reino de Espanha e o Reino Unido”.
O ministro-chefe de Gibraltar, considera que a proposta é “injustificada” e “discriminatória”, em relação ao conclave. Fabian Picardo afirma que Madrid manipulou o Conselho Europeu para fazer valer os seus próprios interesses políticos.
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O governante referiu, ainda, que Gibraltar não será usado como peão para a política de Madrid, nem será uma vítima do “Brexit”.
Aquando do referendo sobre a saída do Reino Unido do bloco europeu, 96% dos cerca de 30 mil habitantes de Gibraltar votaram pela permanência.
Em dois referendos anteriores, em 1967 e 2002, a maioria da população votou para se manter como parte do Reino Unido, rejeitando a anexação a Espanha.
O Rochedo tem sido um dos pontos de discórdia entre Madrid e Londres desde o século XVIII.
A responsável pelo governo escocês apresentou, formalmente, o pedido de realização do segundo referendo, sobre a independência em relação ao Reino Unido.
Para Nicola Sturgeon os escoceses têm direito a escolher o seu futuro. O parlamento tinha aprovado, quinta-feira, a realização deste referendo:
“Na minha opinião, a vontade do Parlamento escocês deve ser respeitada. Não se trata apenas de respeito mas de como isso acontecerá e se a Primeira-ministra optar por não fazê-lo farei, nas próximas semanas, o que for preciso para garantir que a vontade do Parlamento é respeitada e que faremos progressos no sentido de dar ao povo da Escócia uma escolha”, afirmou Sturgeon.
Em 2014, cinquenta e cinco por cento dos escoceses recusou a independência mas, no referendo que levou ao “Brexit”, sessenta e dois por cento votou pela permanência do Reino Unido na União Europeia.Enquanto a líder do Partido Nacionalista Escocês acredita que a Escócia tem direito à autodeterminação, a Primeira-ministra britânica vai dizendo que “não é o momento” de realizar este novo referendo.
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