Gospel Notícias, 08 de dezembro de 2018
Por Jarbas Aragão
John Dowling foi esfaqueado 13 vezes em frente à Universidade Leonardo da Vinci, na França.
Um professor universitário irlandês foi esfaqueado por um de seus ex-alunos numa universidade de Paris, onde lecionava. A justificativa para o assassinato é que o acadêmico de 66 anos havia “insultado o profeta Maomé”.
John Dowling foi atacado e esfaqueado 13 vezes em frente à Universidade Leonardo da Vinci. O assassino, identificado como Ali R., um cidadão paquistanês com visto de refugiado, confessou o crime, reportou o Daily Mail.
Ali – cujo sobrenome não foi divulgado pelas autoridades francesas – estava na França há dois anos e havia renovado recentemente seu visto.
A promotora Catherine Denis, responsável pelo caso, disse que Ali nutria um “ressentimento obsessivo” contra a universidade por ter sido desligado da instituição em setembro de 2017, por ter sido reprovado em quase todas as matérias.
Imagens das câmeras de segurança mostram o professor Dowling conversando calmamente com Ali por volta do meio-dia. De repente, o paquistanês apanha uma faca e a crava na garganta do irlandês, e depois repetidas vezes em seu peito.
Ali justificou à polícia que o professor zombou de sua religião muçulmana durante as aulas de inglês na universidade.
“Ele mostrou um desenho na sala de aula, insultando o profeta Maomé”, insistiu Ali.
Denis disse que Ali R. não era monitorado pelos serviços de inteligência, mas declara ser um “patriota” da República Islâmica do Paquistão.
Contudo, a promotora destaca que nenhum dos outros alunos se lembra de tal incidente. “Não temos provas de radicalização, mas uma sensação de que estamos lidando com alguém que é muito religioso, muito praticante”, assegurou ela.
Insultar o profeta Maomé é considerado um dos mais graves insultos ao Islã e já provocou atentados terroristas na França. O mais conhecido foi o ataque, em janeiro de 2015, aos escritórios da revista humorística Charlie Hebdo. Na ocasião, jihadistas ligados à Al-Qaeda assassinaram 12 pessoas por conta de charges de Maomé consideradas ofensivas.
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