Euronews, 05 de dezembro de 2018
Por Bruno Sousa
Sessenta dias. Foi o prazo dado por Mike Pompeo para a Rússia deixar de violar os termos do Tratado de Forças Nucleares, caso contrário são os próprios Estados Unidos que abandonam o acordo.
Our nations have a choice: bury our head in the sand or take commonsense action in response to Russia’s flagrant disregard of #INF. #Russia has violated since 2000’s, while U.S remained in scrupulous INF compliance. pic.twitter.com/C9bsL60sqB— Secretary Pompeo (@SecPompeo) 4 de dezembro de 2018
A ser cumprida, a ameaça pode dar origem a uma nova corrida as armas e para Vladimir Putin, a corrida até já começou:
"O desenvolvimento de mísseis já foi aprovado no orçamento do Pentágono, só depois anunciaram que iriam abandonar o tratado. A seguir era preciso encontrar alguém que pudessem culpar e a explicação mais simples, a que as pessoas no ocidente estão mais habituadas, é dizer que a culpa é da Rússia. Somos contra a revogação deste tratado mas se isso acontecer iremos reagir."
A ameaça de uma nova guerra fria é real e causa preocupação na União Europeia, apanhada no meio das duas superpotências militares.
Federica Mogherini, chefe da diplomacia europeia, refere que "na Europa não subestimamos as ameaças à segurança que podem envolver o nosso continente. A Europa foi um campo de batalha durante um longo tempo e viveu também no centro da guerra fria. É por isso que damos valor e apreciamos as estruturas de segurança que têm garantido a paz há muitos anos em solo europeu. Não queremos que isto seja colocado em causa, não queremos dar um passo atrás."
.@FedericaMog on the Intermediate-Range Nuclear Forces Treaty (INF) "Europe was the battlefield of the Cold War for long. The INF has guaranteed peace and security in European territory for 30 years. It has to be fully implemented." pic.twitter.com/Z9BQtO741F— European External Action Service - EEAS 🇪🇺 (@eu_eeas) 5 de dezembro de 2018
O Tratado de Forças Nucleares foi assinado em 1987 por Ronald Reagan e Mikhail Gorbachev e previa a eliminação dos mísseis balísticos e de cruzeiro, nucleares ou convencionais, cujo alcance estivesse entre 500 e 5 500 km. Agora, pode ter os dias contados.
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