13 de out. de 2018

Milhares de islâmicos pedem enforcamento de uma mulher cristã, no Paquistão




Gospel Notícias, 12 de outubro de 2018 



Por Jarbas Aragão 



Asia Bibi afirma que apenas defendeu sua fé em Jesus durante uma discussão com vizinhas

Nesta sexta-feira (12), milhares de islâmicos foram às ruas de diferentes cidades do Paquistã para reivindicaram a execução imediata da cristã Asia Bibi, 53 anos. Presa desde 2010, ela foi condenada à morte por supostamente insultar o profeta Maomé. Ela sempre negou que seus comentários tenham sido desrespeitosos, tendo apenas destacado que seguia o profeta Jesus.

O processo de Bibi se arrasta há anos e a Suprema Corte analisou esta semana outro recurso contra sua pena. Novamente, o anúncio de um veredito final foi adiado.

A imprensa divulgou que cerca de mil integrantes do partido político islâmico Tehreek-e-Labbaik Pakistan (TLP) deu início aos protestos na cidade de Lahore. Aos gritos, pediam que a “infiel Asia” fosse enforcada. O movimento também teve apoio em cidades importantes como Karachi, centro econômico do país.

Zubair Ahmad, porta-voz do TLP, divulgou um vídeo ameaçando os três juízes da Suprema Corte que analisaram a apelação da defesa. “Os seguidores do profeta farão com que eles [os juízes] enfrentem seu castigo se Asia for declarada inocente”, bradou.

O motivo dos magistrados para adiar o veredito foram as contradições nas declarações das testemunhas sobre o ocorrido. Asia, mãe de cinco filhos, foi levada à justiça de seu país após algumas vizinhas terem dito que ela insultou Maomé durante uma discussão. Elas não apresentarem provas, mas por ser cristã, a palavra da acusada não tem valor.

Devido à força da lei antiblasfêmia, a cristã sempre teve dificuldades em provar sua inocência. O ex-governador da província de Punjab, Salman Tasir, foi assassinado por radicais por tê-la defendido. Os termos vagos da lei, que não especifica o que constitui uma blasfêmia, já permitiu que cerca de mil pessoas tenham ido a julgamento desde 1986, quando passou a ser constitucional. Em muitos casos eram acusações contra membros da minoria cristã, menos de 2% da população.

A força política do TLP é evidente, uma vez que elegeu dois deputados com uma plataforma baseado na defesa da pena de morte para os blasfemadores.  Com informações de Daily Mail

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