Lifenews, 12 de outubro de 2018
Um relatório do Hospital para Crianças Doentes, em Toronto, afirma que eles não estão apenas prontos para fazer eutanásia em crianças, mas sua política afirma que uma criança devem ser capazes de morrer por eutanásia sem o consentimento ou conhecimento dos pais.
De acordo com um artigo de Sharon Kirkey para o The Sun Media, o Hospital para Crianças Doentes em Toronto publicou uma política de eutanásia e suicídio assistido na forma de um relatório no recente Journal of Medical Ethics. Segundo Kirkey:
O grupo de trabalho do Hospital para Crianças Doentes diz que o hospital tem médicos dispostos que poderiam “com segurança e eficácia” realizar a eutanásia para jovens com 18 anos ou mais que satisfazem os critérios estabelecidos pela lei federal e que seria “antiético” para sua filosofia ter de transferir esses pacientes para um hospital adulto desconhecido. Mas é uma sugestão de que a eutanásia possa ocorrer em um dia sem o envolvimento dos pais, o que provocou controvérsia no debate sobre morte assistida.
Quem é que o Hospital para Crianças Doentes quer fazer acreditar que a eutanásia pode ser segura e eficaz?
Kirkey explica que os especialistas em ética do Hospital Infantil acreditam que não há diferença entre matar alguém e deixá-lo morrer. Claramente há uma diferença entre permitir uma morte natural e realmente causar a morte de uma pessoa. Ao borrar distinções claras, os eticistas minimizam os problemas éticos associados aos médicos matarem os seus pacientes. Kirkey relata:
O grupo de trabalho disse que estava convencido de que há uma diferença significativa para o paciente “entre ser consensualmente assistido em morrer (no caso de MAID) e ser consensualmente permitido a morrer (no caso da recusa de intervenções para a manutenção da vida)”.
Kirkey explica que a maioria das províncias canadenses permite que menores de idade tomem decisões sobre os seus próprios cuidados, incluindo a retirada ou retenção de suporte de vida. Ela explica que, em Ontário, um menor pode fornecer consentimento para o tratamento ou a retirada do tratamento se entender as “consequências razoavelmente previsíveis” de sua decisão. O Hospital para Crianças Doentes declarou que eles encorajam menores a envolver suas famílias em decisões médicas.
Kirkey explica que os hospitais para Crianças Doentes sugerem que as crianças podem decidir morrer por eutanásia sem o consentimento dos pais:
O esboço da política argumenta que as mesmas regras devem ser aplicadas à MAID, pois não há distinção prática ou ética significativa do ponto de vista do paciente entre morte assistida e outros procedimentos que resultam no fim de uma vida, como sedação paliativa (onde as pessoas dormem até morrerem) ou retirar ou suspender tratamento de manutenção da vida.
Kirkey explica que o documento do Hospital para Crianças Doentes saiu pouco antes do relatório do Conselho Canadense de Academias que fará recomendações em dezembro sobre a extensão da eutanásia para os menores maduros. O mesmo grupo está examinando a extensão da eutanásia apenas para casos de doença mental, bem como pessoas incapacitadas que solicitaram a eutanásia dentro de uma “diretiva antecipada”.
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