- Recentes relatos não deixam nenhuma sombra de dúvida quanto à cooperação entre o Hamas e grupos do ISIS no Sinai. Segundo argumentam os egípcios e a Autoridade Palestina, estes relatos conferem mais provas de que a Faixa de Gaza continua sendo a principal base para diversos grupos terroristas jihadistas, grupos estes que representam uma ameaça real.
- O relatório salienta que terroristas procurados pelas autoridades egípcias foram internados no hospital da Faixa de Gaza em troca de armas fornecidas ao Hamas pelo Estado Islâmico no Sinai.
- Tanto Mahmoud Abbas quanto os líderes da Autoridade Palestina (AP) podem continuar falando o quanto quiserem sobre um estado palestino que seria estabelecido na Cisjordânia, Faixa de Gaza e Jerusalém Oriental. Porém, quando grupos inspirados pelo ISIS estão ativos na Faixa de Gaza sem que haja sinais de que o regime do Hamas esteja enfraquecendo, fica difícil vislumbrar um estado palestino.
- Os grupos jihadistas claramente procuram criar um Emirado Islâmico, unindo a Faixa de Gaza ao Sinai. Abbas pode agradecer a Israel pela sua presença na Cisjordânia -- presença que permite a ele e ao seu governo serem algo diferente de infiéis para servirem de buchas de canhão para os jihadistas.
Hamas nega hesitantemente. Não obstante, crescem os indícios de que o movimento islamista, baseado na Faixa de Gaza, continua cooperando com outros grupos terroristas jihadistas filiados ao Estado Islâmico (ISIS), especialmente aqueles que operam, nos últimos anos, na península egípcia do Sinai.
Esta cooperação, de acordo com fontes de segurança da Autoridade Palestina, é a principal razão por trás das atuais tensões entre as autoridades egípcias e o Hamas. Essas tensões levaram os egípcios a manterem o posto de fronteira de Rafah fechado desde 2013, encurralando milhares de palestinos dentro da Faixa de Gaza.