IP, 30/01/2025
Uma enfermeira morreu de Ebola na capital de Uganda, Kampala, informou o Ministério da Saúde nesta quinta-feira.
"Um surto da Doença pelo Vírus Ebola do Sudão foi confirmado em Kampala, Uganda, após a confirmação de três laboratórios nacionais de referência", declarou a secretária permanente do ministério, Diana Atwine, a jornalistas.
A vítima foi descrita como "um enfermeiro de 32 anos, funcionário do Hospital Nacional de Referência de Mulago, que inicialmente apresentou sintomas semelhantes a febre".
"O paciente sofreu falência múltipla de órgãos e sucumbiu à doença" na quarta-feira, afirmou o ministério em uma publicação no X.
O ministério informou que nenhum outro profissional de saúde ou paciente da ala apresentou sinais ou sintomas de Ebola.
Equipes de resposta rápida foram mobilizadas, disse o ministério, e até agora 44 contatos do paciente foram identificados, todos os quais serão vacinados.
O Ebola do Sudão é uma das seis espécies do vírus Ebola.
A doença recebeu o nome de um rio na República Democrática do Congo, então chamada Zaire, onde foi descoberta em 1976.
Na terça-feira, a Cruz Vermelha expressou preocupação com o risco de que os recentes conflitos na cidade de Goma, no leste da RDC, possam causar a liberação acidental de amostras de Ebola e outros patógenos armazenados em um laboratório.
Uganda, que compartilha uma fronteira porosa com a RDC, teve seu último surto de Ebola em 2022, que durou quase quatro meses e resultou em 55 mortes.
Atualmente, não há vacina confirmada para o Ebola do Sudão.
No entanto, três vacinas candidatas foram rapidamente desenvolvidas e testadas em Uganda após o último surto.
Dois distritos no epicentro da epidemia, Mubende e Kassanda, ficaram sob lockdown por dois meses em dezembro de 2022, antes de o surto ser oficialmente declarado encerrado no mês seguinte.
Na época, a OMS afirmou que Uganda conseguiu controlar o surto por meio de "vigilância, rastreamento de contatos e prevenção e controle de infecções".
Os surtos são difíceis de conter, especialmente em ambientes urbanos.
A transmissão entre humanos ocorre através de fluidos corporais, e os principais sintomas incluem febre, vômito, sangramento e diarreia.
As pessoas infectadas não se tornam contagiosas até que os sintomas apareçam, o que ocorre após um período de incubação de dois a 21 dias.
A epidemia mais mortal ocorreu na África Ocidental entre 2013 e 2016, resultando em mais de 11.300 mortes.
A RDC já enfrentou mais de uma dúzia de epidemias, sendo a mais letal a de 2020, que causou 2.280 mortes.
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Fonte:https://insiderpaper.com/one-dead-in-uganda-ebola-outbreak-health-ministry/
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