BTB, 27/02/2025
Por Kurt Zindulka
O Comitê de Mudança Climática do Reino Unido pediu uma modificação comportamental em toda a sociedade, para alcançar a meta do governo de zerar as emissões líquidas de carbono até a metade do século.
Apesar do Reino Unido ser responsável por menos de um por cento das emissões globais, o conselho oficial ao governo do Comitê de Mudança Climática (CCC), uma agência criada pelo governo trabalhista em 2008, argumentou que os cidadãos britânicos precisarão reduzir o consumo de carne em pelo menos 260 gramas por semana para cumprir as metas de redução de emissões.
O órgão independente afirmou em seu "sétimo orçamento de carbono" esta semana que essa quantidade equivale a aproximadamente dois grandes kebabs, dois bifes de 170g ou dois cafés da manhã completos.
"Definitivamente, não estamos dizendo que todos precisam ser veganos. Mas esperamos ver uma mudança nos hábitos alimentares", disse Emily Nurse, chefe de metas de carbono zero do CCC, segundo The Guardian.
O governo também deve buscar desincentivar o público a viajar de avião internacionalmente, alegando que a aviação representa uma área crescente de emissões de carbono. O CCC propôs uma série de impostos para tornar as passagens aéreas mais caras, incluindo uma taxa sobre combustíveis.
O painel também sugeriu a imposição de uma taxa para "viajantes frequentes", aplicada a quem faz muitas viagens de avião. Como esses indivíduos geralmente viajam a trabalho e possuem rendas mais altas, o CCC argumentou que "as taxas precisam ser suficientemente altas para reduzir a demanda".
Além disso, o comitê recomendou que o governo adote políticas de "persuasão", um termo politicamente correto usado no Reino Unido para descrever técnicas de controle de comportamento. Entre essas medidas estão forçar companhias aéreas a informar as emissões de cada voo e restringir programas de benefícios de milhas aéreas.
— Breitbart News (@BreitbartNews) May 30, 2022
Além de comer menos carne e voar menos, o comitê sugeriu que as pessoas deveriam ser incentivadas — ou obrigadas — a dirigir menos e usar mais o transporte público. Também pediram um esforço nacional para substituir caldeiras a gás por bombas de calor nas residências.
Embora o CCC afirme que pesquisas e um "painel de cidadãos" indicam que a maioria dos britânicos apoia suas propostas, outras pesquisas questionam até que ponto a agenda verde realmente tem apoio popular.
Quando perguntados se o governo deveria priorizar o crescimento econômico ou atingir a meta de carbono zero até 2050, sete em cada dez britânicos disseram que a economia era mais importante, enquanto apenas 24% consideraram a agenda ambiental como prioridade, segundo uma pesquisa realizada este mês para o City AM pela Freshwater Strategy.
Respondendo às recomendações do CCC, o vice-líder do partido Reform UK, Richard Tice, escreveu no X:
"ESQUEÇAM ISSO... Os eremitas do Comitê de Mudança Climática dizem para comer menos carne, abandonar o carro, instalar bombas de calor e esquecer as férias no exterior... o caminho para a Estupidez Zero Líquido."
"Eles que se danem... Vou comer mais carne, dirigir mais, usar mais gás para aquecimento e viajar mais de avião."
Diferente dos partidos tradicionais britânicos, o partido Reform, de Nigel Farage, defende o fim da meta de carbono zero, a liberação do fracking, o investimento em energia nuclear e a aplicação de um imposto sobre empresas de energia renovável para compensar o custo da agenda verde para os contribuintes.
Farage’s Reform UK Vows Windfall Tax on ‘Renewable’ Energy Firms to Recoup Cost of Green Subsidies https://t.co/xhjOkKaLPo
— Breitbart London (@BreitbartLondon) February 14, 2025
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