RM, 16/12/2024
Por Thomas Brooke
Políticos locais e sindicatos de policiais estão exigindo a intervenção militar em Pádua depois que um migrante nigeriano atacou dois policiais com um machado, destacando as crescentes preocupações com a segurança pública e a violência na cidade.
Políticos locais pedem ações urgentes, incluindo o envio do exército, após um incidente violento ocorrido na madrugada de segunda-feira. Um migrante nigeriano atacou dois policiais com um grande machado no centro de Pádua.
O homem de 32 anos, um solicitante de asilo cuja aplicação foi rejeitada, foi preso e agora está sob custódia em um hospital após ser baleado nas pernas pelos policiais para contê-lo.
O confronto aconteceu por volta das 4h da manhã na Via Trieste, quando moradores relataram que um homem estava agitado, brandindo um machado. A polícia passou quase uma hora tentando desescalar a situação com tasers e spray de pimenta, mas não teve sucesso. Por volta das 5h, o homem avançou contra os oficiais, forçando um deles a disparar em legítima defesa.
De acordo com o Il Giornale, o agressor, que por pouco não acertou um policial e encurralou outro contra uma parede, foi acusado de tentativa de duplo homicídio.
O incidente reacendeu críticas sobre a segurança pública em Pádua. Elisa Cavinato, conselheira regional do partido Liga Veneta, comparou a cidade ao “Velho Oeste” em certas áreas, especialmente à noite, e pediu o envio do exército. “A gravidade da situação em Pádua exige a presença do exército,” declarou.
O presidente da região de Veneto, Luca Zaia, elogiou o profissionalismo e a compostura dos policiais sob pressão, mas enfatizou que o ataque “é de extrema gravidade, especialmente considerando que o agressor já tinha histórico de denúncias por ameaças e resistência.”
Sindicatos de policiais alertaram sobre o aumento na frequência e gravidade de incidentes semelhantes. Maurizio Ferrara, secretário-geral do Sindicato de Polícia FSP em Veneto, destacou um “crescente sentimento de ódio e desprezo” contra os policiais, apontando que os agentes frequentemente enfrentam violência sem ferramentas adequadas para lidar com a situação.
O mesmo tem sido relatado no transporte público nos últimos meses, com vários incidentes nas ferrovias italianas, incluindo o ataque de um condutor de trem em Gênova no mês passado, esfaqueado por dois migrantes norte-africanos durante uma inspeção de bilhetes.
Europe's train conductors have become frontline victims of a violent breakdown in public order fueled by unchecked mass immigration, exposing systemic failures in both security and integration policies. https://t.co/l6ftYGB1yA
— Remix News & Views (@RMXnews) November 21, 2024
Mirco Pesavento, secretário regional do sindicato SAP, reforçou essas preocupações, citando episódios recentes de violência em Pádua, como um caso em que policiais foram cercados e feridos por um grupo de 50 pessoas. “As situações enfrentadas pelas patrulhas estão se tornando mais perigosas e frequentes,” alertou, pedindo melhores recursos e aceleração das expulsões de indivíduos sem documentos envolvidos em atos criminosos.
O ataque gerou apelos mais amplos por maior apoio às forças policiais. Domenico Pianese, secretário-geral do sindicato Coisp, pediu unidade política para enfrentar os desafios enfrentados pelos agentes. “Não é mais tolerável que aqueles que arriscam suas vidas para proteger os outros tenham que fazê-lo em condições cada vez mais difíceis,” afirmou.
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