18 de dez. de 2024

Países Europeus Oferecem Dinheiro para Migrantes Sírios Voltarem para Casa




BTB, 14/12/2024 



Por Oliver JJ Lane 



A Europa abriga milhões de sírios que obtiveram status de refugiados devido ao regime da família Assad. Agora, alguns países estão calculando que é mais barato, a longo prazo, fazer um pagamento único para que esses refugiados retornem ao seu país do que mantê-los em programas de assistência social indefinidamente.  

Na Áustria, o chanceler Karl Nehammer anunciou que o governo oferecerá um "bônus de retorno" de €1.000 (US$1.000) para os sírios que desejarem voltar para casa. Ele afirmou que o motivo principal pelo qual muitos reivindicaram asilo inicialmente já não é mais válido. Em um podcast citado pelo jornal Kronen Zeitung, Nehammer disse: "Estamos ajudando todos que desejam retornar voluntariamente. Há até 1.000 euros disponíveis para isso."  

Essa proposta gerou críticas de diferentes setores. Herbert Kickl, líder do Partido da Liberdade da Áustria (FPO), contrário à imigração em massa, considerou um escândalo oferecer ainda mais dinheiro a ex-refugiados que, segundo ele, já desfrutaram de benefícios pagos pelos contribuintes austríacos. Ele declarou: "É um tapa na cara da nossa própria população, que sofre com uma inflação extrema." Para Kickl, o governo deveria priorizar políticas de "remigração", encerrando o status de refugiado de pessoas que fugiram de conflitos já resolvidos e promovendo deportações.  

Por outro lado, o Arcebispo de Viena expressou sua "consternação" com a medida, argumentando que refugiados deveriam ser tratados com mais compaixão. Ele defendeu que o retorno só deveria ser esperado quando "a paz e a justiça reinassem novamente" em seus países de origem.  

Na Alemanha, pagamentos semelhantes ainda não são oficiais, mas com as eleições federais se aproximando, o líder do partido CDU, que lidera as pesquisas, propôs um "adeus dourado" de €1.000. Ele também sugeriu que, se eleito, o governo alemão fretaria aviões para facilitar o retorno dos refugiados, oferecendo passagens gratuitas.  

Outros países, como a Dinamarca, estão oferecendo quantias ainda maiores. Segundo o jornal Bild, o governo dinamarquês está disposto a pagar até 200.000 coroas dinamarquesas (€27.000, US$28.300, £22.400) para cada adulto sírio retornar, além de 50.000 coroas (€6.700, US$7.000, £5.500) por criança, conforme a Lei de Repatriação do país.  

Esse dinheiro está disponível há anos, mas até agora não teve muitos interessados. O jornal cita o Ministro da Integração Social-Democrata da Dinamarca, Kaare Dybvad Bek, que explicou: "quase 600 sírios com residência legal retornaram voluntariamente da Dinamarca para a Síria desde 2019 com apoio financeiro previsto pela Lei de Repatriação. Espero que, à luz dos novos acontecimentos, ainda mais pessoas façam uso da oferta."

O jornal observa que, se todos os 45.000 migrantes sírios na Dinamarca aceitassem a oferta de uma só vez, isso custaria bilhões, mas afirma que ainda seria um bom custo-benefício para os contribuintes, argumentando:

Muitos sírios na Dinamarca não trabalham. Financeiramente, é mais atrativo para a Dinamarca pagar para que eles retornem. Nenhum dos partidos centrais levantou, até o momento, um escândalo sobre o alto valor de 27.000 euros por adulto.

O Reino Unido, que conta com um novo governo de esquerda, tem sido mais cauteloso em relação às mudanças na Síria nas últimas semanas, afirmando que adotará uma abordagem de "esperar para ver" antes de tomar decisões. No entanto, o Ministro da Segurança de Fronteiras e Asilo declarou que buscaria "facilitar" o retorno de sírios que desejassem voltar para casa.

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Fonte:https://www.breitbart.com/europe/2024/12/14/european-countries-will-pay-syrian-migrants-cash-to-go-home/ 

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