ZH, 20/09/2024
Por Tyler Durden
Um informante do FBI que compartilhou sua casa com dois dos sequestradores do 11 de setembro foi acusado em um tribunal civil, de ter sido "cooptado" pela inteligência saudita, para ajudar a realizar os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001.
Esse informante, Dr. Abdussattar Shaikh, foi apresentado no Relatório da Comissão do 11 de Setembro como "um cidadão aparentemente cumpridor da lei, com contatos amigáveis e de longa data entre a polícia local e o pessoal do FBI." Shaikh foi recrutado como informante em 1994, de acordo com seu agente responsável.
Mas, de acordo com os demandantes que processam a Arábia Saudita por seu papel no 11 de setembro, em algum momento o Dr. Shaikh foi "contratado" pelo agente de inteligência saudita Omar al-Bayoumi para abrigar os dois sequestradores, Nawaf al-Hazmi e Khalid al-Mihdhar.
"Era um plano que havia sido cuidadosamente e meticulosamente desenvolvido por Bayoumi em conjunto com outros oficiais sauditas", argumentou um advogado dos demandantes em uma audiência judicial em 31 de julho, de acordo com o Florida Bulldog.
O governo saudita negou que al-Bayoumi tenha contratado o Dr. Shaikh, argumentando em um documento judicial que "não há evidências de que ele tenha algo a ver com [os sequestradores] se mudando para a casa de Shaikh."
Os agentes do FBI que lidavam com o Dr. Shaikh também o defenderam. Seu agente responsável, Steven Butler, disse à Comissão do 11 de Setembro que Shaikh foi "enganado" pelos sequestradores, enquanto o ex-chefe do FBI de San Diego, William Gore, recentemente disse ao Florida Bulldog que Shaikh era "um dos melhores caras que já conheci."
Por sua vez, o Dr. Shaikh estaria "muito velho e doente" para ser formalmente depoente no litígio civil de longa data. Um juiz federal de Nova York deve decidir em breve se o processo contra a Arábia Saudita será permitido continuar.
As alegações contra o Dr. Shaikh seguem várias outras revelações que surgiram nos últimos meses, implicando a Arábia Saudita no 11 de setembro.
Essas revelações incluíram um vídeo há muito suprimido que mostrava al-Bayoumi "vigiando" o Capitólio em junho de 1999 — meses antes de a Al-Qaeda decidir incluir Washington DC em seu plano terrorista. Muitos investigadores acreditam que o prédio do Capitólio foi o alvo do Voo 93, que acabou caindo na Pensilvânia.
Mais recentemente, no mês passado, foi revelado que esboços que planejavam o ataque de 11 de setembro pertenciam a al-Bayoumi.
As famílias das vítimas do 11 de setembro argumentaram, em um documento de 71 páginas apresentado em 7 de maio, que al-Bayoumi operava sob as ordens do Reino da Arábia Saudita. Além de "vigiar" o Capitólio, ele atuava como responsável por al-Hazmi e al-Mihdhar.
Além disso, novas evidências nos últimos anos sugerem que, além de ser um agente saudita, al-Bayoumi também era um ativo da CIA. Essas informações vêm dos processos contra os réus do 11 de setembro Baia de Guantánamo.
De acordo com o investigador do Escritório de Comissões Militares, Don Canestraro, pelo menos dois agentes do FBI lhe disseram que a CIA havia tentado recrutar dois dos sequestradores como informantes. A CIA estaria direcionando seus esforços de recrutamento através de al-Bayoumi, segundo Canestraro.
Canestraro também implicou o Dr. Shaikh de ter recebido dinheiro dos sauditas enquanto trabalhava como informante do FBI.
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