IP, 20/09/2024
Nesta sexta-feira, a Ucrânia restringiu o uso do Telegram para seus funcionários governamentais, militares e de segurança, citando "ameaças" à segurança nacional no aplicativo fundado pelo russo Pavel Durov.
Kyiv alertou que a Rússia pode ter acesso a dados pessoais e mensagens no aplicativo, que serve como um dos principais modos de comunicação tanto na Ucrânia quanto na Rússia.
"O Conselho de Segurança e Defesa Nacional decidiu restringir o uso do Telegram em agências governamentais, formações militares e instalações de infraestrutura crítica", disse o conselho em um comunicado no Facebook, afirmando que era uma "questão de segurança nacional".
Acrescentou que os funcionários que usam o Telegram como parte de suas funções não serão afetados por essa regra, já que o aplicativo continua sendo um canal importante de comunicação para o exército e as autoridades públicas.
O chefe de inteligência, Kyrylo Budanov, disse que Moscou poderia ter acesso a mensagens no Telegram, incluindo "mensagens apagadas, bem como aos dados pessoais (dos usuários)".
Ele afirmou que “não se trata de liberdade de expressão, trata-se de segurança nacional”.
Autoridades de segurança também disseram que o Telegram é usado por Moscou para "contra-ataques, disseminação de phishing e malware, estabelecimento de geolocalização de usuários, ajuste de ataques com mísseis, etc."
Um alto funcionário de segurança disse à AFP que "isso se aplica apenas a comunicações oficiais".
"É uma grande fonte de vazamento de informações, pois o Telegram é muito facilmente hackeado" pelo lado russo, disse a fonte.
A fonte acrescentou que "os cidadãos podem continuar a usá-lo".
O fundador e chefe do Telegram, Durov, foi preso na França no mês passado e acusado de publicar conteúdo ilegal no aplicativo.
Durov está atualmente proibido de deixar a França.
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