LDD, 19/09/2024
Ocorre na véspera da Assembleia Geral da ONU e adiciona à Agenda 2030 a censura às redes sociais.
Nos dias 20 e 21 de setembro acontecerá a Cúpula do Futuro, um encontro dos países-membros das Nações Unidas (ONU) onde será discutido e assinado o chamado "Pacto do Futuro", um documento que busca ser o ponto de partida da Agenda 2045, a nova versão "atualizada" da Agenda 2030.
A Agenda 2030, um quadro de ação que tem prevalecido no cenário internacional por décadas, surgiu a partir dos "Objetivos do Milênio", assinados no ano 2000, uma série de metas que os países-membros da ONU se comprometeram a cumprir até 2015, prazo que foi posteriormente estendido para 2030.
Esses objetivos, renomeados como "Objetivos de Desenvolvimento Sustentável", abrangem desde a erradicação da pobreza até o ecologismo mais radical. No entanto, mais preocupante do que os objetivos em si é o roteiro proposto para alcançá-los: a Agenda 2030 busca construir um governo mundial, retirando a soberania dos Estados-Nação e transferindo o poder para burocratas que não foram eleitos democraticamente.
Essa visão conseguiu moldar nas últimas três décadas a União Europeia, que passou de um bloco de livre comércio para um organismo supranacional que constantemente viola a soberania dos estados-membros. A Agenda 2030 tornou-se a base ideológica da ideia de que um país pode ter múltiplas nações, de que a economia deve ser altamente regulamentada e de que os impostos devem ser altos para sustentar um Estado de Bem-Estar inchado.
Além disso, promove a visão de que a natalidade é contraproducente e apoia políticas baseadas no teorema de Malthus. Dessa agenda derivam os argumentos a favor das fronteiras abertas e da imigração em massa.
O modelo proposto pela Agenda 2030 é distópico: promove uma sociedade dividida, onde um grupo cada vez menor de nativos deve manter uma baixa taxa de natalidade e baixa produção, para não prejudicar o meio ambiente, enquanto outro grupo, geralmente estrangeiro, deve ter muitos filhos para pagar impostos e sustentar um Estado massivo. No entanto, esse segundo grupo deve permanecer na pobreza para consumir pouco e manter uma economia verde em termos globais.
Os objetivos para alcançar esse modelo de sociedade não foram atingidos, e, embora o "Socialismo do século XXI" tenha avançado muito nos últimos anos, até mesmo os líderes dessa agenda globalista admitem que fracassaram gravemente, especialmente devido ao ressurgimento de correntes nacionalistas com uma visão liberal da economia em todo o mundo.
Por isso, desde 2022, começou-se a falar da "Visão 2045", que implica um novo programa de metas globais, mas com o horizonte fixado em 2045. Essa nova visão é ainda mais extrema que a Agenda 2030, pois incorpora a questão de gênero, censura nas redes sociais e um mundo multipolar. Se a Agenda 2030 é o veículo da social-democracia globalista, a Agenda 2045 busca impor o comunismo chinês.
Alguns dos pontos mais fortes da Agenda 2045:
- Condiciona todo o financiamento internacional ao cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
- Estende o prazo para o cumprimento dos pontos da Agenda 2030 para o ano 2045.
- Aprova o Pacto Digital Global, que obriga as redes sociais a revelar os dados dos usuários.
- Impõe aos países um "estilo de vida" vinculado à reciclagem para alcançar "desperdício zero" e uma "economia circular".
- Exige que todos os investimentos tenham um componente de economia sustentável.
- Fortalece todas as formas de governança global, enfraquecendo a soberania dos países e sua capacidade de ação.
- Modifica a estrutura do Conselho de Segurança da ONU para incluir um membro permanente por continente, desmantelando a hegemonia dos Estados Unidos.
- Limita a compra de armamentos, direcionando o gasto para políticas sociais, de gênero e ambientalistas.
- Define que toda forma de cuidado é trabalho, inclusive o cuidado familiar, e que deve ser subsidiado pelo Estado.
- As tradições indígenas devem ser respeitadas, mesmo que contrariem as leis de cada país.
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