RM, 30/08/2024
Por Dénes Albert
A Croácia reintroduzirá dois meses de serviço militar obrigatório a partir de 1º de janeiro do próximo ano, anunciou o Ministro da Defesa, Ivan Anusic. A medida ocorre após a agressão russa contra a Ucrânia e o aumento das tensões na Europa, com a corrida armamentista e o fortalecimento militar nos Balcãs, que testemunhou guerras sangrentas na década de 1990.
Esta decisão marca o retorno ao serviço militar obrigatório, que foi suspenso originalmente em 2008, quando o país passou para um sistema voluntário.
“Reajustamos os salários dos recrutas, sargentos e oficiais, não apenas seus salários básicos, mas também suas diárias e tudo a que têm direito,” disse o ministro à televisão RTL Croácia na quinta-feira.
“A modernização e o equipamento das forças armadas estão avançando conforme o planejado, de acordo com o acordo com nossos aliados e a liderança da OTAN,” acrescentou o ministro.
Há dois meses, quando anunciou o plano ao parlamento, Anusic disse que as diárias para o serviço militar voluntário haviam sido recentemente aumentadas para 900 euros, e espera-se que esse valor se mantenha para aqueles que cumprirem o serviço militar obrigatório.
O objetivo é manter o maior número possível de jovens no sistema de defesa, com uma estimativa de 15.000 pessoas participando do treinamento a cada ano, disse ele.
Na Croácia, o serviço militar obrigatório foi abolido em 2008, em parte porque pesquisas na época mostraram que quase 90% dos jovens eram objetores de consciência ao uso de armas.
“Agora estão sendo feitos planos para eles também,” observou o ministro.
“Aqueles que se recusarem a pegar em armas pegarão enxadas e ancinhos ou carregarão sacos nas comportas para proteção contra enchentes,” afirmou o ministro, observando que “eles não precisam carregar armas, mas devem cumprir seus deveres e obrigações com o estado.”
No entanto, para aqueles que optarem pelo serviço civil, o tempo de serviço será mais longo e a diária será menor, acrescentou ele.
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Fonte:https://rmx.news/defense/croatia-brings-back-military-conscription-after-16-years/
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