PP, 17/09/2024
Por Arturo McFields
A família, o narcotráfico e o poder são um trinômio que gera miséria, violência e tiranias.
O poder é uma droga e as drogas ajudaram muitos políticos a chegar ao poder. O trinômio de famílias, narcotráfico e política é uma fórmula que parece se repetir. Um câncer metastático que se espalha por toda a América Latina.
Efraín Campo Flores e Francisco Flores foram presos pela Agência de Controle de Drogas dos Estados Unidos (DEA) em 2015. O governo desse país também oferece uma recompensa de 15 milhões de dólares pela captura de Nicolás Maduro por seus vínculos com o Cartel dos Sóis.
Na Venezuela, Nicolás Maduro Guerra (Nicolasito) controla todos os negócios sujos do ditador. Em 2019, ele foi sancionado por ser peça-chave nos negócios de petróleo, ouro de sangue, coltan e outros minerais. Continua vivendo a dolce vita.
Em menos de um mês, o regime da Venezuela foi envolvido em apreensões milionárias de drogas com destino à África, Afeganistão, Brasil e Guiana. O regime recorre ao narcotráfico para comprar apoios e se manter no poder.
México e o narcotráfico
O presidente mexicano Andrés Manuel López Obrador foi acusado de receber entre 2 a 4 milhões de dólares do Cartel de Sinaloa. Relatórios indicam que essa relação remonta à campanha eleitoral de 2006.
Durante seu mandato, não faltaram denúncias de suposta corrupção e envelopes amarelos cheios de dólares. Pio López Obrador, Martin López Obrador e Andrés Manuel López Junior (possível candidato presidencial em 2030) são os protagonistas dessas denúncias sistemáticas.
Em 2020, o chefe de Estado admitiu que ordenou a libertação de Ovidio Guzmán, filho de ‘Chapo’, para garantir a paz e tranquilidade em Culiacán, Sinaloa. Abraços, não balas. Esse é o seu lema.
Colômbia e o filho de Gustavo Petro
Nicolás Petro reconheceu que recebeu financiamentos de formas irregulares para a campanha eleitoral da Colômbia Humana. Ele é acusado de enriquecimento ilícito e lavagem de dinheiro.
Esta semana, os Estados Unidos certificaram a estratégia antidrogas da Colômbia, mas deixaram clara sua preocupação com o aumento dos cultivos de coca devido à falta de desenvolvimento rural e segurança. Gustavo Petro pediu a libertação de camponeses que cultivam a folha de coca.
Honduras e a grande família
O governo de Xiomara Castro tem sido seriamente manchado pelo narcotráfico e pela participação de grande parte de sua família em vários cargos no governo. Filhos, cunhados, sobrinhos. Não há limites. Nepotismo puro e simples.
Carlos Zelaya, cunhado da presidente Xiomara Castro, aparece em um vídeo negociando meio milhão de dólares com o Cartel de Los Cachiros. Zelaya revelou que metade desse dinheiro era para seu irmão, Mel Zelaya, conhecido como o comandante.
México, Colômbia, Honduras e a ditadura da Venezuela têm muito em comum. As denúncias de narcotráfico são muitas, mas as investigações são poucas. O crime organizado corroeu e corrompeu suas organizações políticas e o Estado.
A família, o narcotráfico e o poder são um trinômio que gera miséria, violência e tiranias. A Venezuela é o exemplo vivo de uma história sem final feliz. México, Colômbia e Honduras ainda estão a tempo. Veremos.
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