LDD, 10/04/2024
O PP, o PSOE e todos os partidos de esquerda se uniram para votar a favor da regularização de meio milhão de imigrantes que entraram ilegalmente na última década.
O Partido Popular (PP), uma espécie de 'Juntos pelo Futuro' na Espanha, mais uma vez traiu sua base de eleitores e decidiu se unir à extrema esquerda, para regularizar e conceder cidadania a mais de 500.000 imigrantes ilegais que chegaram ao país da África ou do Oriente Médio.
Embora a lei ainda não tenha sido aprovada, apenas o tratamento do assunto foi aprovado no Parlamento. O PP estabeleceu um precedente perigoso e antecipou que pretende votar da mesma maneira no plenário assim que alguns aspectos do projeto de lei forem modificados.
Na verdade, todos os partidos no Parlamento votaram a favor do projeto e em breve aprovarão a lei, com a única exceção dos legisladores do VOX, que se opuseram frontalmente à lei que daria mais de 500.000 votos em todo o país para a esquerda.
Segundo a deputada do PP, Sofia Acedo, foi a Cáritas, a organização beneficente da Igreja Católica, que fez lobby para que essa legislação seja aprovada, apesar de dentro desse meio milhão de pessoas haver praticamente uma totalidade de árabes muçulmanos.
Por sua vez, a socialista Elisa Garrido afirmou que o PSOE votará a favor da Iniciativa Legislativa Popular (ILP), pelo "respeito" que merece dar participação direta na política às pessoas que vivem na Espanha, e que acreditam ser necessário "continuar avançando em mecanismos que garantam processos seguros de imigração".
A deputada do VOX, Rocío De Meer, reiterou que o partido liderado por Santiago Abascal rejeita a medida. "Queremos que a Espanha continue sendo a Espanha, não o Marrocos, nem a Argélia, nem a Nigéria, nem o Senegal. E isso não é ódio, nem xenofobia, nem racismo, é puro bom senso".
Na Espanha, seis regularizações extraordinárias de imigrantes foram realizadas em toda a sua história. Entre 1991 e 1992, durante o governo socialista, uma regularização extraordinária beneficiou 108.321 pessoas.
Em 1996, com o PP, outro processo de regularização extraordinária concedeu documentos a 21.294 imigrantes, dos 25.128 que solicitaram. Em 2000, 244.327 estrangeiros solicitaram regularização e 163.352 conseguiram a documentação. Em 2001, foi denominada "regularização por arraigo" e 239.174 imigrantes obtiveram documentos.
Além disso, em 2005, durante o governo do comunista José Luis Rodríguez Zapatero, quase 20 anos atrás, a cidadania foi concedida a meio milhão de imigrantes, a mesma quantidade que Pedro Sánchez agora pretende conceder, lutando lado a lado pelo recorde histórico de perda de identidade.
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