31 de jan. de 2024

AMLO recebeu financiamento do Cartel de Sinaloa para sua campanha em 2006




PP, 31/01/2024 



Por Milagros Boyer



A entrega do dinheiro foi coordenada por Arturo Beltrán Leyva, um líder do cartel, para membros da equipe de campanha de AMLO. Em troca, a organização criminosa buscava proteção, bem como influência na nomeação do Procurador-Geral da República, no caso de López Obrador vencer as eleições em que competia com Felipe Calderón, que foi eleito nesta ocasião.

O Cartel de Sinaloa, conhecido por ser uma das células mais agressivas do narcotráfico no México, contribuiu com até quatro milhões de dólares para a campanha de Andrés Manuel López Obrador (AMLO) durante as eleições presidenciais de 2006. Isso é evidenciado por investigações conjuntas realizadas em 2010 pela Procuradoria Federal do Distrito Sul de Nova York e pela DEA, que vieram à tona recentemente.

Em uma reportagem da DW, a jornalista Anabel Hernández aprofundou-se sobre como essas operações de entrega, recebimento e canalização de fundos ilícitos entre membros do Cartel de Sinaloa e o círculo íntimo de AMLO foram conduzidas, confirmando assim o financiamento irregular.

Segundo fontes citadas por Hernández nesta primeira parte, a entrega do dinheiro foi coordenada por Arturo Beltrán Leyva, um líder do cartel, para membros da equipe de campanha de AMLO. Em troca, a organização criminosa buscava proteção, bem como influência na nomeação do Procurador-Geral da República, no caso de López Obrador vencer as eleições em que competia com Felipe Calderón, que foi eleito na época.

Os protagonistas dessa trama incluem 'La Barbie' (Edgar Valdéz Villarreal), um conhecido negociador do Cartel de Sinaloa, e os receptores do dinheiro na equipe de AMLO: Nicolás Mollinedo, motorista e coordenador logístico, e Mauricio Soto Caballero, atual membro do congresso do Morena e colaborador de AMLO por mais de 18 anos.

Outros envolvidos mencionados na série de relatórios confidenciais da Procuradoria Federal do Distrito Sul de Nova York são Francisco León García, conhecido por seu apelido 'Pancho León', que foi candidato a senador pelo PRD em 2006 e desaparecido em 2007, além de Emilio Dipp Jones, empresário presente nas negociações.

Uma investigação mais profunda, referida pela DW, revela que grande parte do dinheiro foi entregue na rua Aristóteles, 131, em Polanco, onde ficavam os escritórios de Mollinedo e Soto Caballero. Além disso, o texto também menciona uma entrega em um restaurante de Polanco, onde 'El R' entregou dinheiro a Soto Caballero.

Apesar da derrota oficial de AMLO nas eleições de 2006, a investigação destaca que o Cartel de Sinaloa também destinou recursos para a campanha de Calderón, obtendo proteção durante seu governo. Roberto López Nájera, testemunha colaboradora em 2008, foi fundamental na investigação, sendo operador dos Beltrán Leyva e responsável pelo pagamento de subornos do cartel a autoridades no México.

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Fonte:https://panampost.com/milagros-boyer/2024/01/31/amlo-recibio-financiamiento-del-cartel-de-sinaloa-para-su-campana-en-2006/ 

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