Augustín Rossi e Cristina de Kirchner |
PP, 14/06/2022
Por Marcelo Duclos
O chefe da Inteligência ofereceu a um jornalista a teoria mais ridícula que surgiu na história do Kirchnerismo.
A verdade é que quando o atual chefe da Inteligência na Argentina, Agustín Rossi, e o questionável jornalista Pablo Duggan estiveram frente a frente em uma entrevista, que pretendia diminuir o nível de escândalo sobre o avião venezuelano com uma tripulação iraniana que pousou em Ezeiza, o público pressentiu que haveria um banquete com o diálogo dessa dupla, que tentaria justificar a nova mancha que a vergonhosa história kirchnerista entra no grosso livro. O público estava certo.
Era risível esperar menos deste funcionário, que literalmente fez um míssil desaparecer quando era ministro da Defesa. No entanto, no outro canto, não menos controverso, aguardava Duggan. Ele com suas perguntas guiadas, dóceis e consistentes, com um padrão de comportamento típico de sua história, que tem, entre outras coisas, seu inusitado salto do anti-kirchnerismo ao kirchnerismo fanático e hoje também carece de credibilidade.
O tema da fuga misteriosa, até agora, não dá trégua ao partido no poder. Nas últimas horas soube-se que o ministro do Interior paraguaio, Federico González, demitiu todos os funcionários intervenientes que permitiram a chegada do avião ao país. "Houve situações que poderiam ter sido melhor tratadas", reconheceu o ministro à imprensa esta manhã. Por sua vez, a Justiça argentina também agiu rapidamente, proibindo os iranianos de deixar o território, retendo os passaportes e iniciando as investigações pertinentes. O governo é que até agora parece não ter resposta.
Para tentar reverter a situação, Rossi e Duggan fizeram uma entrevista oficial ao vivo, para pelo menos dizer alguma coisa. No entanto, a teoria que o funcionário da Frente de Todos foi incentivado a esboçar era tão, mas tão inusitada, que surpreendeu o jornalista que estava predisposto a validar qualquer estupidez. Embora, verdade seja dita, parece que Rossi ultrapassou seu delírio. Mesmo em termos da pouca credibilidade que se costuma ver no canal pró-kirchner.
“Por que havia iranianos e venezuelanos? É uma pergunta muito simples! Estavam a ensiná-los a pilotar o avião…". argumentou Agustín Rossi sem ficar vermelho. Pablo Duggan ficou surpreso. Nem mesmo ele soube responder e deixou para a história um silêncio que será lembrado por muitos anos na história dos desastres kirchneristas. Quando conseguiu recuperar o fôlego, o jornalista simplesmente disse: "Ah, não tínhamos essa informação".
Rossi continuou expondo seus argumentos com total impunidade. Evidentemente, o âncora com o passar dos tempo percebeu que o que estava acontecendo era papelão e tinha uma amostra a mínima dignidade jornalística. Ele perguntou se o que ele estava dizendo era informação oficial. O chefe da Inteligência do Estado reconheceu que não era e que era apenas uma suposição que ele havia feito.
Sem surpresa, o momento em que Duggan recebeu a inexplicável teoria ao vivo se tornou um meme instantâneo nas mídias sociais. Muitos usuários brincaram com a expressão de surpresa do jornalista pró-governo, que não conseguia acreditar no que estava acontecendo em seu programa.
Parece que a Justiça argentina não está muito convencida da tese dos instrutores iranianos, já que ontem à noite foi realizada uma batida no hotel onde estão os tripulantes. Um hóspede do hotel confirmou à imprensa que os funcionários judiciais levaram passaportes, telefones, computadores e documentação durante a operação. Embora ainda haja um segredo sumário, é provável que nos próximos dias haja mais algumas informações sobre o caso.
"No me pagan lo suficiente para escuchar esto" - Óleo sobre lienzo
— Ro🦋 (@rocioooay) June 14, 2022
Artista: Pebet Duggan
Tamaño: 2.2 m x 3.89 m
Precio: regalado es caro. pic.twitter.com/9He42oPWdI
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