Euronews, 08 de maio de 2019
O Irão decidiu reduzir "alguns compromissos voluntários" assumidos com o acordo nuclear com as grandes potências devido à posição dos Estados Unidos. Mas, citado pelos meios estatais iranianos, o chefe da diplomacia Mohammad Javad Zarif precisou que o país não pretende abandonar o pacto.
O presidente Hassan Rouhani enviou uma carta aos países signatários do acordo - Rússia, China, França, Alemanha e Reino Unido - para notificar da decisão de "reduzir os compromissos" com o chamado Plano de Ação Conjunto Global, tomada face à incapacidade dos seus membros de resistir à pressão dos Estados Unidos que, sob a direção de Donald Trump, decidiram abandonar no ano passado o pacto.
Na altura, Trump acusou o Irão de contornar as restrições do acordo, retirando-se de forma unilateral afirmando que o texto "nunca devia ser sido" assinado e que "não trouxe calma, nem paz, nem nunca a trará".
O presidente norte-americano não só repôs como alargou as sanções dos Estados Unidos a Teerão, ordenando nomeadamente a outros países que parem de comprar petróleo iraniano se não querem enfrentar eles próprios sanções.
As potências europeias vão analisar as medidas concretas agora adotadas pelo Irão, mas uma fonte na presidência francesa já tinha advertido que se Teerão anunciasse "ações que violem o acordo nuclear", isso poderia traduzir-se na reimposição de sanções, tal como estipulado nos termos do acordo nuclear.
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