Euronews, 04 de abril de 2019
Por Ricardo Figueira
No discurso no Congresso americano, o secretário-geral da NATO deixou de parte as divergências com Donald Trump e foi, várias vezes, aplaudido de pé pelo vice-presidente Mike Pence. Jens Stoltenberg salientou que uma Rússia mais assertiva significa uma corrida ao armamento.
"Não queremos uma nova corrida às armas. Não queremos uma nova guerra fria. Mas não podemos ser ingênuos. Um acordo que só é respeitado por um dos lados não nos pode dar segurança. A NATO não tem intenção de instalar mísseis nucleares terrestres na Europa, mas vai sempre tomar as medidas necessárias para assegurar uma dissuasão credível e eficaz", disse.
Apesar das divergências, Stoltenberg elogiou a forma como Trump está a obrigar os membros da NATO a gastar mais: "Os aliados da NATO têm de gastar mais na defesa. é a mensagem clara do presidente Trump, uma mensagem que está a ter um impacto real".
Trump chegou a qualificar a Aliança Atlântica como "obsoleta", mas Stoltenberg prefere falar de pontes: A Europa e a América do Norte não estão separadas pelo Oceano Atlântico. Estão unidas por ele. Tal como o Atlântico, a NATO une os nossos continentes, as nossas nações e os nossos povos.
Este convite a Stoltenberg, durante a cimeira dos ministros dos Negócios Estrangeiros da NATO em Washington, é visto como uma mensagem de apoio à NATO, por parte quer dos Republicanos, quer dos Democratas.
Honoured to address the joint meeting of Congress to thank the US for its enduring support since #NATO was founded 70 years ago. Through NATO, the US has more friends & allies than any other power. Together we are stronger & safer: https://t.co/uULiFwKOSJ pic.twitter.com/3t3hKPQxWB— Jens Stoltenberg (@jensstoltenberg) 3 de abril de 2019
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