Nicolás Maduro e Dias Canel [Cuba] |
Panampost, 20 de março de 2019.
Por Andres Frenández
Em menos de uma semana, dois venezuelanos e um cubano foram capturados por espionar bases militares estratégicas.
A força pública na Colômbia está em alerta, pois em menos de uma semana dois venezuelanos e um cubano foram capturados por realizarem atos de espionagem em bases militares estratégicas localizadas na região de Caldas, Cundinamarca e Vichada.
A captura mais recente foi a do capitão da Guarda Nacional Bolivariana (GNB) que conseguiu entrar no país pela fronteira fluvial que circula pelo departamento de Vichada. Dos 100.242 quilômetros quadrados de extensão do rio, 534 quilômetros que fazem fronteira com a Venezuela.
Em princípio, o oficial venezuelano deveria ser expulso da Colômbia, no entanto, ele foi levado para a respectiva seção de Investigação Criminal (Sijín) por sua judicialização pela evidência das atividades de espionagem que ele estava realizando.
Por sua parte, o cubano Juan Manuel Peña, que foi capturado e posteriormente deportado pela Imigração Colômbia, estava rondando a base de Palanquero, no departamento de Caldas, onde grande parte das aeronaves Kfir se encontram.
Na opinião da instituição, a medida discricionária de expulsão entrou em vigor após considerar que a presença do cubano na Colômbia representa uma “ameaça” à segurança nacional, de acordo com o artigo 2.2.1.13.2.2 do Deceto 1067 de 2015. A1 o sujeito foi proibido de entrar no país por dez anos.
— Migración Colombia (@MigracionCol) 16 de março de 2019
De acordo com um relatório de inteligência, Peña tinha um relacionamento com o G2 cubano, um corpo de segurança e inteligência comunista, que gerou o alerta, e que seu pai também fazia parte das fileiras militares de Cuba como coronel do Exército.
Peña García registrou renda na Venezuela em 2014, como parte das missões de intercâmbio médico. E dois anos depois se casou com uma colombo-venezuelana e se mudou para território colombiano.
De acordo com um relatório policial o qual o EL Tiempo teve acesso, existe um interesse de alguns governos para saber a capacidade militar da Colômbia em meio a tensão política e diplomática com a ditadura de Nicolás Maduro.
“Palanquero é a principal base aérea do país. O Kfir substituiu o antigo Mirage e foi reativado. Todos os seus sistemas e armamentos são novos, assim como sua capacidade de reação. Daquela base vêm os aviões que circulam por todo o país, eles são escudos aéreos. Os registros e rotinas são secretos”, explicou um funcionário da inteligência.
Seguindo essa linha, Brayan Andres Diaz de nacionalidade venezuelana também foi pego, colocando as autoridades em alerta para a infiltração de homens do regime chavista na sequência da crise política e a cascata de deserções das Forças Armadas Nacional Bolivariana (FANB).
O homem foi detectado após ter entrado irregularmente no Comando de Manutenção da Força Aérea em Madri, Cundinamarca. Os oficiais da Força Aérea Colombiana (FAC) colocaram-no à disposição das autoridades competentes, para determinar seu status de imigrante e desde quando ele entrou no país.
Também vale lembrar a captura de cinco pessoas em 20 de fevereiro que tentaram sabotar o concerto 'Venezuela Aid Live' de Cucuta. Atualmente, as autoridades colombianas não descartam a judicialização de outras pessoas na Colômbia que serviram de apoio à espionagem realizada por Cuba e pela Venezuela.
O que há para espionar na Colômbia?
O Panampost conversou com John Marulanda, especialista em segurança e defesa sobre a infiltração e espionagem de agentes cubanos e venezuelanos na Colômbia.
Em sua opinião, em matéria de Defesa Nacional, não há muito para espionar. Depois que o ex-presidente Juan Manuel Santos desmantelou o Departamento Administrativo de Segurança (DAS) e minimizou os recursos de inteligência militar.
“Embora a contraespionagem esteja nas mãos de funcionários voluntários, porém, inoperantes, em menos de três meses, foi descoberto um iraquiano ligado ao extremismo islâmico nas imediações da Brigada de Forças Especiais em Melgar, um cubano rondando a base aérea de Palanquero, espionagem venezuelana o Comando Aéreo de Transporte Militar de Bogotá e a Base Naval de Puerto Carreño, além de diplomatas em contato com as FARC e o ELN”.
O especialista acrescentou que os agentes e informantes do G2 radicados no país, analisam a dinâmica social atual, “planejando escândalos desestabilizadores, e gerando conflitos, filtrando notícias, ajudando a criar o caos no país, enquanto as células do Hezbollah lavam dinheiro e acumulam informações sobre potenciais alvos”.
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