NTN24, 13 de novembro de 2018
A entrada dos militares na Nicarágua visa “treinar e trocar experiências”.
A Assembleia Nacional (parlamento) da Nicarágua autorizou na terça-feira a entrada dos militares de Cuba, Venezuela, Bolívia e outros países “para fins de exercícios humanitários, treinamento e intercâmbio de experiências”.
A admissão foi autorizada por 74 votos da maioria governista na Assembleia Nacional e seus aliados, um total de 92, a um pedido de urgência pelo presidente Daniel Ortega, cujo governo enfrenta a pior crise desde que voltou ao poder em 2007.
“Hoje temos aprovado um decreto de enviado pela autoridade máxima do nosso país, o presidente [ditador] Daniel Ortega, neste planejamento aprovação pelo Exército da Nicarágua em presentes trocas para fins de treinamento e humanitária”, disse a primeira-secretária da diretoria do parlamento nicaraguense, Glória Dixon, através dos meios de comunicação oficiais do governo.
A Assembleia também aprovou a entrada de militares dos Estados Unidos, Taiwan e dos países da América Central.
A entrada foi aprovada em meio a uma crise sociopolítica que deixou centenas de mortos em protestos contra Ortega.
Todas as forças armadas entrarão na Nicarágua no primeiro semestre de 2019, como parte de um exercício anual “de treinamento e intercâmbio de experiências”, segundo o Poder Legislativo.
Embora a entrada de tropas estrangeiras no território da Nicarágua seja aprovada a cada seis meses pela Assembleia, independentemente do contexto político, isso causa controvérsia desde o surto social em 18 de abril passado.
A crise sociopolítica na Nicarágua deixou entre 552 e 558 “presos políticos” após manifestações contra Ortega, além de 325 a 528 mortos, segundo organizações humanitárias.
O governo reconhece 273 prisioneiros, que considera “terroristas”, e “golpistas” e “criminosos comuns”, além de 199 vítimas.
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