MailOnline, 24 de junho de 2016.
Por Chris Summers.
A Rússia assinou um contrato para construir uma base de coleta de informações eletrônica na Nicarágua, que, sem dúvida, renova temores de uma nova Guerra Fria.
O acordo entre Moscou e Manágua, que também irá envolver a venda de 50 tanques russos T-72, vem conforme o presidente Putin fica sob pressão da OTAN na Europa Oriental.
A Rússia disse que faria a implantação de mísseis com capacidade nuclear no enclave de Kaliningrado, perto da fronteira com a Polônia, em 2019 e pode até mesmo coloca-los na Crimeia recém-anexada.
Putin se recusou a voltar atrás após as sanções econômicas serem impostas à Rússia após a anexação da Crimeia e ampliou suas instalações militares em todo o mundo.
O presidente esquerdista Daniel Ortega da Nicarágua já foi a ovelha negra da Casa Branca.
Seu regime Sandinista foi alvo na década de 1980 do presidente Ronald Reagan e Ortega manteve-se amigável a Moscou desde o colapso da União Soviética.
Na semana passada, três norte-americanos, que trabalhavam para o Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos, foram expulsos da Nicarágua sem explicação.
Washington reclamou da expulsão da qual diz ser “injustificada e inconsistente com a agenda positiva e construtiva que procuramos com o governo da Nicarágua”.
Depois de mais de uma década fora do poder Ortega foi reeleito em 2006 e tem tentado reintroduzir políticas socialistas [e tendo sucesso, pelo visto].
Ele também anunciou planos enormes para um canal, para rivalizar com o Canal do Panamá, que seria finaciado por um consórcio chinês.
A Rússia e a Nicarágua assinaram um acordo no ano passado para construir uma base de GPS perto de Laguna de Najapa, nos arredores da capital Manágua, e o Washington Fee Beacon disse que pode ser o mesmo local que eles usavam como base para espionagem.
Outros relatórios dizem que a base seria localizada na costa caribenha.
Um funcionário do Departamento de Estado dos Estados Unidos disse: “Embora qualquer nação tenha o direito de escolher os seus parceiros internacionais, temos sido claros que agora não é o momento para fazermos negócios como de costume com a Rússia.
O Ministro das Relações Exteriores da Costa Rica Manuel Gonzalez criticou a venda dos tanques, dizendo ao jornal La Prensa: “Isso é motivo de preocupação não porque é uma ameaça à Costa Rica...Mas porque é um país na região central da América começando uma corrida armamentista.”.
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