Lifenews, 28 de agosto de 2018
Por Dave Andrusko
Menos de um mês depois que um juiz confirmou a decisão do governo escocês de permitir que as mulheres usem o misoprostol abortivo em casa, o governo britânico anunciou no fim de semana que até o final do ano o uso de misoprostrol em casa será legalizado. O misoprostrol é o segundo tipo de medicamento de método de aborto com [outras] duas drogas RU-486.
O anúncio “ocorre depois da pressão dos ativistas na Inglaterra para seguir os passos da Escócia, que no ano passado se tornou a primeira parte do Reino Unido a introduzir a opção, e do País de Gales, que anunciou os seus planos em junho”, informou o jornal The Guardian.
A decisão do Departamento de Saúde e Assistência Social (DHSC) foi vigorosamente denunciada pela Sociedade para a Proteção dos Nascituros. A SPUC se comprometeu a tomar medidas judiciais contra o que classificou de prática “ilegal”.
“A pílula do aborto coloca as mulheres em uma terrível provação emocional e física”, disse o vice-presidente executivo da SPUC, John Deighan. “A determinação da indústria do aborto para empurrar as mulheres para passar por isso em sua própria casa sem supervisão médica real ilustra sua atitude arrogante quando se trata do bem-estar das mulheres”.
O método de aborto “faça você mesmo” [DIY] “trivializa ainda mais o aborto, tornando as mulheres cada vez mais abertas à coerção, para fazer uma escolha que se adapte às outras”, afirmou Deighan. “Em termos de legalidade de permitir abortos caseiros DIY, continuamos convencidos de que está fora dos parâmetros da Lei de Aborto [de 1967] e temos toda a intenção de agir através dos tribunais”.
As mulheres atualmente tomam mifepristone e misoprostol em uma clínica de aborto, com 24 a 48 horas de intervalo.
A ação foi saudada pela indústria do aborto e pelo presidente do Royal College of Obstretricians and Gynecologists.
A professora Lesley Regan disse que foi “um grande passo para a saúde da mulher”. Ela acrescentou: “Esta medida simples e prática fornecerá às mulheres significativamente mais opções e é o cuidado mais compassivo que podemos dar a elas”.
No início deste mês, a SPUC acusou a revista BMJ Sexual & Reprodutive Healt de se recusar a publicar uma critica a revista British Medical Journal por um artigo amplamente divulgado promovendo o aborto caseiro.
O artigo foi co-escrito por, entre outros, Prof. Regan e Prof. Sharon Cameron da Associação Britânica de Provedores do Aborto (BSACP). Em resposta ao artigo, o Dr Anthony McCarthy, colaborando com o Dr. Greg Pike em nome da SPUC, apontou numerosos problemas com a metodologia usada no artigo e questionou a seriedade das fontes usadas para algumas das alegações feitas.
Dr. McCarthy disse: “Perguntaríamos ao RCOG (Royal College of Obstetricians and Gynecologists) por que eles não estão se recusando a defender o material que deveria estar sujeito a escrutínio acadêmico. Eles não estão preocupados com as evidências que cercam o aborto caseiro? Ou o RCOG agora acredita que o escrutínio acadêmico não é necessário quando se trata de promover a agenda de indústria do aborto?"
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