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| A polícia de Estocolmo, Gotemburgo e Malmö registrado um total de 250 tiroteios no ano passado |
The Local SC, 05 de setembro de 2017
Na Suécia nos últimos anos houve um aumento acentuado no número de tiroteios per capto, com pesquisas sugerindo que o país escandinavo está estatisticamente a frente de regiões sul da Itália e partes de Irlanda.
Em 2016, cerca de 250 tiroteios (aleatórios, fatais e não fatais) foram registrados pela polícia em Estocolmo, Gotemburgo e Malmo. Em 2014, esse número chegou a 200, indicando que a Suécia está experimentando um drástico aumento de incidentes desse tipo.
“Nós realmente não sabemos por que ainda, mas o que podemos ver é que o aumento aconteceu, pois também vemos um aumento de crimes relacionados a gangues e um número crescente de redes criminosas”, disse Manne Gerell, criminologista da Universidade de Malmo ao The Local, após a rádio pública sueca primeiro escrever sobre as novas pesquisas em que eles estavam envolvidos.
Um estudo que ainda está para ser publicado sugere que a Suécia experimentou quatro a cinco vezes mais incidentes com tiros fatais per capto que a Noruega e a Alemanha em 2008-2014, dos países de outras formas semelhantes. Números anteriores mostraram que a violência de modo geral está caindo na Suécia, mas a violência armada tem crescido.
Gerell também destacou que Malmo, a terceira maior cidade da Suécia, como sendo o único lugar onde os tiroteios estão se tornando particularmente comuns.
“Malmo se destaca”, disse ele, observando que a cidade do sul é um pouco mais exposta a problemas sociais e a pobreza em comparação com a capital e Gotemburgo.
“Malmo é também o que nós descrevemos como um 'fácil adepto' quando se trata de crime. Foi a primeira das três cidades onde os crimes com granada de mão se tornaram mais comuns e também foi o lugar onde houve o primeiro estabelecimento de gangues de motociclistas da Suécia. Não sabemos se isto tem a ver com a sua proximidade do continente europeu, ou não, mas poderia explicar por que as tendências parecem começar por aí”.
O criminologista Joakim Sturup do Instituto Karolinska, em Estocolmo e que está pesquisando o esse aumento em conjunto com a Gerell, disse que, enquanto a polícia sueca tem melhorado constantemente a taxa de resolução de crimes violentos em que armas de fogo não foram usadas, as estatísticas relacionadas à violência armada lideram na direção oposta.
“Em geral, a taxa de resolução está entre 40-50 por cento a nível nacional, e 25 por cento nas grandes cidades”, disse ele, referindo-se a estatísticas de 2013 sobre tiroteios fatais.
“Na Europa, os relatórios mostram que, quando se trata de tiroteios per capto estamos agora em pé de igualdade com o sul da Itália e algumas partes da Irlanda”, disse ele.
Sturup disse que pode haver uma ligação enter a taxa de baixa resolução de tiroteios ao aumento desses crimes.
“Um caso de tiroteio que não for resolvido pode resultar em seguida, em um tiroteio de vingança, empurrando os números de incidentes para cima”, disse ele, ressaltando o papel que as disputas relacionadas com gangues poderiam ter.
A polícia sueca teria dito anteriormente que uma das dificuldades que se tem ao investigar tiroteios é que em muitos casos, embora nem sempre, as vítimas estão envolvidas em conflitos de gangues e, portanto, recusam-se a depor.
Amir Rostami, um sociologo da Universidade de Estocolmo e um ex-policial que também é um dos pesquisadores por trás do estudo, disse que, enquanto não está claro por que a taxa de resolução de tiroteios está caindo, unidades de policia mais focadas e especializadas sobre esses crimes, bem como sanções mais severas relacionadas com armas de fogo poderiam ajudar a conter a tendência.
“Eu acho que novas leis mais duras, como uma pessoa que carrega uma arma de fogo automática, é o caminho certo a se seguir”.
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