LifeNews, 15 de agosto de 2017
Por Katie Yoder
Nascituros com síndrome de Down na Islândia estão sendo sistematicamente abortados em números surpreendentes – mas não é assim que a CBS informa sobre as notícias.
Na segunda-feira à noite, a CBS News apurou e informou sobre o “desaparecimento” da síndrome de Down na Islândia por meio da correspondente Elaine Quijano. Embora o relatório de Quijano tenha sido justo, a CBS anunciou a história de forma enganosa ao anunciar que a Islândia estava “eliminando” a síndrome de Down – não “eliminando” nascituros com síndrome de Down.
Em sua abertura da matéria, Quijano informou que “durante a última década ou mais, 100% das mulheres grávidas cujos testes pré-natais constatam positivamente a síndrome de Down, decidiram acabar com a sua gravidez”. Embora o teste para síndrome de Down não seja obrigatório, o governo da Islândia exige que as mulheres grávidas saibam que está disponível.
A história provocou uma reação nas mídias sociais, não contra a Islândia em sim, mas contra a forma como a CBS retratou o relatório de Quijano.
Acompanhando o relatório do Quijano, a CBS publicou uma história online do produtor Julian Quinones e do escritor Arijeta Lajka. A manchete chamava a Islândia de “país onde a síndrome de Down está desaparecendo”.
Iceland is on pace to virtually eliminate Down syndrome through abortion. #CBSNOA learns more, tonight at 10pm ET/PT https://t.co/EB6BKgQFN3 pic.twitter.com/SOKU7oe6a3— CBS News (@CBSNews) 15 de agosto de 2017
O problema é que a síndrome de Down não está “desparecendo”. Em vez disso, os nascituros diagnosticados com síndrome de Down é que estão – através do aborto. Em vez de tratar o distúrbio genético, a Islândia está eliminando as pessoas.
Esse foi o ponto levantado pela atriz Patrícia Heaton (Everybody Loves Raymond, The Middle) que criticou a CBS News nas redes sociais. Antes da matéria ser exibida, a rede fez uma provocação no Twitter dizendo que “a Islândia está no ritmo certo para eliminar virtualmente a síndrome de Down através do aborto”.
“A Islândia não está eliminando a Síndrome de Down”, Heaton rebateu. “Eles estão apenas matando todos os que a têm. Essa é a grande diferença”.
Iceland isn't actually eliminating Down Syndrome. They're just killing everybody that has it. Big difference. #Downsyndrome #abortion https://t.co/gAONIzqRXW— Patricia Heaton (@PatriciaHeaton) 15 de agosto de 2017
A matéria foi ao ar e apresentou a mesma mensagem – embora não fosse culpa de Quijano. A CBS abriu seu relatório colocando as palavras “Islândia está próxima de eliminar a síndrome de Down” na tela, e depois a frase “desaparecendo”.
Por sua vez, Quijano informou de forma correta, expressando preocupações pró-vida.
“A síndrome de Down é uma desordem genética, que resulta em características faciais distintas e uma série de problemas de desenvolvimento”, ressaltou ela, “mas muitos nascituros com a condição ainda podem viver vidas longas e saudáveis”.
Além de entrevistar geneticistas e especialistas em saúde, ela falou com mulheres grávidas que se recusaram a fazer o teste, mães de crianças com síndrome de Down e adultos com síndrome de Down.
Um desses adultos era Halldora Jonsdottir, de 30 anos de idade.
“Para as pessoas que estão ouvindo e assistindo”, perguntou Quijano, “o que você diria sobre pessoas que têm síndrome de Down?”.
“Eles apenas veem a doença. Eles não me veem”, admitiu Jonsdottir. “Eu quero que as pessoas vejam que eu sou como todos os outros”.
Ao tirar fotos de Jonsdottir com o seu namorado, a própria Quijano exclamou: “Eu fico feliz em ver gente tão feliz”.
Mas nem todos os momentos foram alegres.
Quando a conselheira de mulheres com gravidezes difíceis no Hospital da Universidade Landspitali da Islândia, Helga Sol Olafsdottir revelou sua participação nos abortos.
"Quando as mulheres têm dificuldade em decidir sobre o aborto," disse a Quijano, "nós as tranquilizamos: 'Esta é a sua vida, você tem o direito de escolher como será a sua vida.'
Não importa a vida do nascituro – algo que Quijano observou.
“E na América”, acrescentou Quijano, “acho que lá algumas pessoas ficariam confusas com as pessoas dizendo ' este é o nosso filho,' deixando um padre entrar na sala para fazer uma oração de adeus – porque para eles o aborto é um assassinato”.
Olafsdottir discordou.
“Nós não vemos o aborto como assassinato. Nós consideramos isso como uma forma de findar a vida. Nós findamos uma possível vida que se continuasse poderia ter tido uma enorme complicação.. evitando o sofrimento para a criança e também para a família”, disse ela. “E eu acho que o certo é não vê-lo como um assassinato – isso é tão preto e branco. A vida não é preta e branca. A vida é cinza”.
Durante sua entrevista, ela mostrou a Quijano um cartão de oração para um bebê que morreu pelo processo de aborto – com pequenas pegadas do pé do bebê feitas com tinta. Eles eram menores do que a impressão digital de Quijano.
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