Arfan Bhatti retratado na foto de 2012. |
The Local Ng, 19 de maio de 2017.
O islamita norueguês Arfan Bhatti foi preso e mantido sob custódia por quatro semanas, suspeito de envolvimento com um esconderijo de armas encontradas em Oslo na semana passada.
Bhatti apelou a decisão das autoridades de mantê-lo sob custódia, informa a emissora NRK.
O Tribunal Distrital de Oslo acredita que há várias razões pelas quais suspeitar que Bahatti pode tentar destruir as provas se for liberado, de acordo com o relatório.
Várias armas foram encontradas em Oslo no sábado, mas a polícia se recusou a dar mais detalhes sobre as circunstâncias da descoberta.
“O nome de Bhatti foi rapidamente conectado ao caso e foi necessário prendê-lo”, disse a advogada da polícia Anne Cathrine Aga à NRK.
Bhatti foi preso terça-feira à noite e é suspeito de envolvimento ilegal com armas de fogo.
O islamita, que tem pais paquistaneses, nasceu e cresceu em Oslo, onde se juntou à gangue Young Guns no início dos anos 90. Mais tarde tornou-se “radicalizado”, e foi preso por seu papel em tiroteios disparados contra uma sinagoga em Oslo em 2006.
Depois de ser libertado da prisão no Paquistão em 2013, Bhatti advertiu a Noruega contra se unir à coalizão liderada pelos Estados Unidos contra o grupo terrorista Estado Islâmico em 2014.
Foi relatado que no ano passado o seu [de Bhatti] enteado teria sido assassinado por um rival, sendo posteriormente ele [o rival] mesmo executado pelo Estado Islâmico pelo crime cometido.
O tribunal também confirmou quarta-feira uma solicitação da polícia para que a ele seja negado visitas e cartas durante o período de sua custódia.
“Algumas armas e munições foram confiscadas”.
“Há várias declarações e relatos que conectam o acusado [Bhatti] com essas armas e mostram que o acusado esteve em contato com os co-acusados no período relevante”, disse o juiz do tribunal distrital Jorgen Monn a ordem de custódia.
Aga se recusou a confirmar a NRK a natureza da conexão entre Bhatti e outras pessoas ligadas ao confisco das armas.
Outras duas pessoas foram presas, das quais uma permanece sob custódia enquanto a outra foi libertada, relata NRK.
“Estamos envolvidos em uma investigação ativa e várias pessoas estão envolvidas. Um indivíduo já está preso em conexão com o caso, com interferência com a evidência que também é o nosso foco aqui”, disse Aga à NRK.
Bhatti nega a acusação e qualquer conhecimento do caso, e apelou contra a decisão de o prender e mantê-lo sob custódia.
“Ele foi preso [anteriormente] várias vezes, pouco antes do dia 17 de maio [dia nacional da Noruega], e se a polícia o quisesse fora de Oslo antes de 17 de maio, eles poderiam ter pedido para que fosse embora”, o advogado de defesa Bernt Heiberg disse, de acordo com a NRK .
Aga rejeitou as alegações de que a prisão estava conectada ao dia 17 de maio.
“Posso ver que Bahatti acredita que a prisão é política, mas este é um caso criminal completamente normal. Nós prendemos criminosos durante todo o ano”, disse Aga.
Detalhes de procedimentos no tribunal são protegidos de publicação e Aga se recusou a confirmar que a polícia acredita que Bahhati tenha conexão exata com o caso.
Mas o suspeito se recusou a dar amostras de sangue, impressões digitais, e de ter sua fotografia tirada ou responder as perguntas da polícia, dizendo que ele já ofereceu a polícia estas coisas em uma ocasião anterior, dizem os relatórios da NRK.
Ele tem várias condenações anteriores por comportamento agressivo, extorsão e violência.
Aga disse que a polícia iria percorrer os tribunais, a fim de obter as amostras que eles precisam para continuar a sua investigação.
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