10 de nov. de 2016

Imperialismo Muçulmano Chega às Nações Unidas

Gatestone, 10 de novembro de 2016. 





  • A UNESCO juntou forças com o Estado Islâmico. Os fundamentalistas já contam com uma nova arma: resoluções aprovadas pelos subservientes órgãos internacionais.
  • Um atraso anterior, fora a oposição da diretora-geral da UNESCO, Irina Bokova, haviam despertado esperanças que esta atitude jihadista, bárbara, injusta e francamente de um chauvinismo arrogante poderia ser rejeitada. Mas não foi. Agora uma nova mentira foi sancionada pela maior e mais irresponsável organização do planeta, cuja função é a de preservar lugares consagrados e não de distorcê-los.
  • As mentiras utilizadas pela UNESCO para reescrever a história, apagando todos os vestígios do judaísmo e do cristianismo em favor de uma fantasia extravagante do jihadismo islâmico já estavam em andamento em 2015. A UNESCO, fraudulentamente, renomeou dois milenares lugares bíblicos judaicos: o Túmulo de Raquel e o Túmulo dos Patriarcas como lugares islâmicos. Historicamente, o Islã sequer existia até o século VII.
  • Esta é a história do Islã, como se apodera − tanto por meio da jihad violenta quanto da jihad light (usurpando a história, a migração "Hégira", infiltração política e cultural) e intimidação (jihad light com a ameaça velada da jihad violenta). O mais triste é que muitas vezes, assim como nesta votação, isto é imposto com a cooperação e a submissão voluntária do Ocidente.
  • Antes que as Nações Unidas, com seus blocos de votação autoritários, antidemocráticos, terminem de erradicar a civilização ocidental judaico-cristã, o que ela está claramente tentando fazer, vale dizer que já está mais do que na hora das democracias ocidentais saírem correndo, não simplesmente andando, antes que ela lhes cause ainda mais danos, como certamente promete fazê-lo.




No último mês de agosto a UNESCO programou uma votação sobre o status histórico do Monte do Templo em Jerusalém e do adjacente Muro das Lamentações. Naquela época o autor deste artigo afirmou que o plano da UNESCO era negar o elo judaico ao mais importante de todos os lugares sagrados dos judeus, de jogar no lixo uma história que remonta milhares de anos e declarar que tanto o Monte quanto Muro são lugares islâmicos.

O Islã acredita que é eterno e consequentemente precedeu as outras duas grandes religiões monoteístas, o judaísmo e o cristianismo, muito embora tenha emergido para o mundo através de Maomé no século VII d.C, mas com o direito de destronar as duas religiões mais antigas.

As mentiras utilizadas pela UNESCO para reescrever a história, apagando todos os vestígios do judaísmo e do cristianismo em favor de uma fantasia extravagante do jihadismo islâmico já estavam em andamento em 2015. A UNESCO, fraudulentamente, renomeou dois milenares lugares bíblicos judaicos: o Túmulo de Raquel e o Túmulo dos Patriarcas − abracadabra − lugares islâmicos

Historicamente o Islã sequer existia até o século VII.

Esta é a história do Islã, como se apodera − tanto por meio da jihad violenta quanto da jihad light (usurpando a história, a migração "Hégira", infiltração política e cultural) e intimidação (jihad light com a ameaça velada da jihad violenta). O mais triste é que muitas vezes, assim como nesta votação, isto é imposto com a cooperação e a submissão voluntária do Ocidente.

O Túmulo dos Patriarcas em Hebron passa a ser de agora em diante, de acordo com esta organização altamente comprometida, teoricamente a "Mesquita Ibrahimi" e o Túmulo de Raquel em Belém se tornou a "Mesquita Bilal ibn Rabah", muito embora ela jamais poderia ter sido uma mesquita. Como diz o ditado, "chamar um gato de porco não o torna um porco".



Desta vez a nova mentira foi sancionada pela maior e mais irresponsável organização do planeta, cuja função é a de preservar lugares consagrados e não de distorcê-los.

Em 13 de outubro a notícia transmitida foi a de que a UNESCO havia aprovado, por maioria, esse estupro da história bíblica e arqueológica. Na terça-feira seguinte, a resolução foi aprovada pelo Conselho Executivo das Nações Unidas. Se a maioria da organização, no entanto, é formada por membros da Organização de Cooperação Islâmica (OIC, um bloco composto de 56 países islâmicos além da "Palestina", provavelmente o maior bloco da ONU), um resultado fraudulento como este não deveria causar nenhuma surpresa.

Um atraso anterior fora a oposição da diretora-geral da UNESCO, Irina Bokova, haviam despertado esperanças que esta atitude jihadista, bárbara, injusta e francamente de um chauvinismo arrogante poderia ser rejeitada. Mas não foi. Após a votação, Bokova emitiu um comunicado de grande impacto condenado-a, ressaltando entre outras coisas o seguinte:

"A herança de Jerusalém é indivisível e cada uma das suas comunidades tem o direito do reconhecimento explícito de sua história e relacionamento com a cidade. Negar, ocultar ou apagar qualquer uma das tradições, seja ela judaica, cristã ou muçulmana compromete a integridade do lugar e vai contra os desígnios que justificaram sua inscrição na lista do Patrimônio Mundial da UNESCO.

"Em nenhum lugar do mundo além de Jerusalém as heranças e tradições judaicas, cristãs e muçulmanas compartilham espaço e se entrelaçam a ponto de darem suporte umas às outras. Essas tradições culturais e espirituais têm como base de apoio textos e referências conhecidos por todos, que são parte intrínseca da identidade e história dos povos".

De agora em diante tanto o mundo dos cristãos quanto o dos judeus terão que lidar com as ramificações da resolução, a primeira delas é que todas as democracias teriam que ser racionais o suficiente para abandonarem imediatamente as Nações Unidas ou no mínimo parar de financiá-la, antes que ela lhes cause ainda mais danos, como certamente promete fazê-lo.

A resolução foi proposta inicialmente à UNESCO por sete estados muçulmanos (Argélia, Egito, Líbano, Marrocos, Omã, Qatar e Sudão em nome da Autoridade Palestina − todos macacos de auditório da OIC − em outubro de 2015. Qualquer órgão respeitável com autoridade para proteger os milenares lugares sagrados a teria rejeitado categoricamente e dado aos responsáveis uma resposta daquelas.

As Nações Unidas, pais da UNESCO, têm ao longo de muitos anos, gradativa e incessantemente se mostrado menos transparente, menos prestadora de contas e sem a mínima credibilidade − do desfalque de US$100 bilhões, jamais acionada a prestar contas em relação ao escândalo petróleo por alimentos exposto em 2004, aos "mantenedores da paz da ONU" que exigiam sexo de crianças em troca de alimentos, sua incessante, maquinada perseguição a um estado membro, no caso Israel, dando ao mesmo tempo aprovações ilimitadas aos mais suntuosos violadores de direitos humanos em outras nações.

Antes que as Nações Unidas, com seus blocos de votação autoritários, antidemocráticos, terminem de erradicar a civilização ocidental judaico-cristã, o que ela está claramente tentando fazer, vale dizer que já está mais do que na hora das democracias ocidentais saírem correndo, não simplesmente andando, da ONU.

Dos 195 Estados Membros da UNESCO, 35 nações são totalmente islâmicas, outras 21 são membros da Organização de Cooperação Islâmica e quatro são Estados Observadores da OIC. Isso significa que 60 nações representam um bloco favorável às resoluções de inspiração muçulmana e, no entanto, o Conselho da UNESCO é composto por apenas 58 membros. Esse conselho aprovou a Resolução 19 com 33 votos a favor, seis contra e 17 abstenções. Gana e Turcomenistão estavam ausentes. Apenas seis países votaram contra a resolução − EUA, Reino Unido, Alemanha, Holanda, Lituânia e Estônia. De forma reveladora, França, Espanha, Suécia, Rússia e Eslovênia estavam entre aqueles que a apoiaram. Não é difícil identificar a causa da maioria dos votos.

O Primeiro Ministro Benjamin Netanyahu rejeitou a decisão como mais uma resolução "absurda" da ONU:

"A UNESCO ignora o singular elo judaico com o Monte do Templo, o local de dois templos por 1.000 anos e o lugar para o qual os judeus oraram por milhares de anos... A ONU está reescrevendo uma parte fundamental da história humana, provando que não há profundeza de poço a que ela não possa descer".

Estão testando no limite a paciência dos judeus na Terra Santa.

A votação da UNESCO é apenas o mais recente exemplo do chauvinismo muçulmano conforme externado na demolição, redefinição e total expropriação dos lugares de culto, templos e outros edifícios ligados a outras religiões − invariavelmente religiões que precederam, e muito, o próprio Islã, incluindo o hinduísmo e budismo, bem como o judaísmo e o cristianismo. O processo começou no ano 630, dois anos antes da morte do Profeta Maomé, quando suas forças conquistaram sua cidade natal Meca. Em sua breve estadia, antes de retornar à Medina, ele ordenou que todas as 360 estátuas e imagens na Kaaba e também todas que estivessem em casas particulares fossem destruídas. A própria Kaaba, de longa data um centro de adoração pagã, foi transformada, da noite para o dia, na edificação mais importante da fé islâmica, a Quibla local para o qual os muçulmanos ainda se viram para orar cinco vezes ao dia. Ela se encontra no coração da Masjid al-Haram, a mesquita mais importante do mundo muçulmano.[1]

Os primeiros muçulmanos mais do que expropriaram a edificação para seus próprios propósitos. Eles criaram uma lenda para justificar a posse do lugar. [2]

Mas o Alcorão e a subsequente tradição muçulmana não se contentam em reescrever a história, tirando Abraão da Terra de Canaã, na longínqua Península Arábica. Eles metamorfosearam o próprio Abraão. De acordo com o Alcorão (3:67): "Abraão não era judeu (yahudian) nem cristão (nasranian) e sim um puro adorador de Deus (hanifan), em síntese, muçulmano..."

Isso faz parte de um empreendimento bem mais amplo. Na doutrina islâmica, toda religião verdadeiramente monoteísta, foi desde o início, somente o Islã. Assim, Adão foi o primeiro muçulmano e o primeiro profeta. Abraão era muçulmano e profeta. Moisés era muçulmano e profeta. Noé era muçulmano e profeta. Jesus era muçulmano e profeta. No início, todo mundo era muçulmano e todas as terras pertenciam ao Islã. No Alcorão, lê-se:

"Dize: Cremos em Deus, no que nos foi revelado, no que foi revelado a Abraão, a Ismael, a Isaac, a Jacó e às tribos, e no que, de seu Senhor, foi concedido a Moisés, a Jesus e aos profetas; não fazemos distinção alguma entre eles, porque somos, para Ele, muçulmanos".

Essa última frase diz nahnu lahu muslimun. A leitura pode ser entendida genericamente: "aqueles que se submetem a Deus", ou mais especificamente "nós somos muçulmanos."

A crença de que todas as verdadeiras religiões envolvem submissão a Deus e que, nesse sentido, toda verdadeira religião pode ser definida como "Islã" (literalmente "submissão"), pode ser entendida como uma declaração abrangente e unificadora, de uma verdade universal, sem prejuízo a ninguém, exceto "idólatras" como hindus e budistas.

Essa generalização foi logo esquecida quando os muçulmanos se viram competindo com seguidores de outras religiões: judeus em Medina, cristãos por todo o Império Bizantino e zoroastrianos no Irã. No início Maomé pregava sua religião em harmonia com os pontos de vista do "Povo do Livro", judeus e cristãos, que receberam de Deus suas próprias escrituras. Não muito tempo depois dele conquistar Medina, virou-se contra as três importantes tribos judaicas da cidade, expulsando duas e, em seguida, atacando a terceira, os Banu Qurayza, decapitando todos os homens e adolescentes do sexo masculino, tomando mulheres e crianças como escravas. Daí em diante, o Alcorão fica repleto de condenações aos judeus como povo e aos cristãos como corruptores das Escrituras Sagradas: "Ó fiéis, não tomeis por amigos os judeus nem os cristãos" (Alcorão 05:51)

Assim que os exércitos muçulmanos saíram em busca da conquista da Pérsia, Turquia, Grécia, Levante, todo o Norte da África, Bálcãs, Hungria, Polônia, seguiram logo conquistando Portugal, Andaluzia no sul da Espanha e outros territórios cristãos, toda a percepção de identidade com o povo do livro como, em certo sentido, companheiro muçulmano, foi por água abaixo, sendo substituído por um sentimento dhimmi em relação a eles, ou seja: submissão, cuja preservação das suas vidas e propriedades dependiam do pagamento de uma taxa de proteção (a jizya) e na concordância em viver como habitantes humilhados sob leis especiais de subjugação em terras governadas pelos califados islâmicos.

Uma das consequências desse relacionamento desigual foi a criação de inúmeras leis, incluindo vestimentas especiais com marcas de identificação que antecederam o compulsório uso da estrela de Davi amarela que os judeus foram obrigados a usar durante o Terceiro Reich de Hitler, isso sem falar que igrejas e sinagogas não poderiam ser fundadas, restauradas, reconstruídas ou ter algum tipo de destaque que pudesse competir com as mesquitas, também não poderia haver nenhum chamamento sonoro para as orações dos judeus ou dos cristãos.

Mais do que isso, a ocupação e transformação das terras de religiões anteriores − Pérsia, Turquia, Grécia, todo o Norte da África e grande parte da Europa Oriental − prosseguiram a todo vapor durante as irrefreáveis conquistas islâmicas. Em Jerusalém, duas estruturas foram erguidas no Monte do Templo (dando origem ao pedido de reconhecimento da UNESCO): a Mesquita de Al-Aqsa (Masjid al-Aqsa, "a Mesquita mais distante", embora ninguém tivesse a menor ideia de onde isso poderia ter sido, muito provavelmente na Arábia) e a Qubbat al-Sakhra, a Cúpula da Rocha, construída no lugar do suposto sacrifício de Abraão, não mais de Isaac mas agora de Ismael, progenitor dos árabes. Ambas foram construídas no primeiro século do Islã.

Não há nenhuma necessidade de listar todas as igrejas que foram transformadas em mesquitas durante os séculos seguintes. Mais notáveis são as igrejas de Hagia Sophia do Império Bizantino Cristão em Constantinopla, Eregli, Nicaea e Trebizond remodeladas em mesquitas após a conquista otomana em 1453.[3]

Nos dias de hoje, o Estado Islâmico destruiu ou transformou igrejas, santuários e outros monumentos (incluindo patrimônios muçulmanos) no Iraque e na Síria.

Devastação semelhante ocorreu sob diversos estados islâmicos na Índia, algo em torno de 2.000 templos hindus destruídos para dar lugar a mesquitas e outras estruturas muçulmanas, um destino parecido se abateu sobre outros.

Este extraordinário grau de fanatismo não é exclusividade do Islã (basta lembrar Oliver Cromwell e os puritanos na Inglaterra), mas no caso do Islã tem sido muito mais extenso e tem continuado por muitos séculos a mais.

É um puritanismo totalitário. A resolução de hoje contra a fé judaica deve ser colocada neste contexto.

Hoje, a Meca e a Medina do primeiro e segundo séculos da fé islâmica foram praticamente destruídas, não pelo Estado Islâmico ou por outra entidade radical mas pelo governo wahhabista saudita. Nas últimas duas décadas, os principais patrimônios históricos em Meca e Medina, todos relacionados à época do Profeta Islâmico Maomé e logo depois, foram destruídos ou desfigurados a ponto de nenhuma cidade ser mais reconhecível salvo a Kaaba, a Grande Mesquita em Meca e a Mesquita do Profeta em Medina. E as duas grandes mesquitas foram, elas próprias, ampliadas e modernizadas.[4]

A UNESCO colocou nomes muçulmanos em lugares judeus nas mãos muçulmanas no coração da capital de Israel, para tentar lentamente destruir o estado judeu. A UNESCO não engana ninguém.

Não irá demorar muito até que lugares sagrados cristãos e igrejas em Jerusalém, Belém e Nazaré também sejam entregues de bandeja para aplacar as forças do Islã, temerosos do que eles podem fazer não só no Oriente Médio mas na Europa e América do Norte, satisfeitos por ter alguém que finalmente tente eliminar aqueles judeus irritantes. Todos os países judaico-cristãos seriam racionais o suficiente se abandonassem as Nações Unidas ou no mínimo parassem de financiá-la... antes que seja tarde demais para eles também.
Denis MacEoin é Ilustre Colaborador Sênior do Gatestone Institute. Ele acaba de concluir o trabalho de um grande estudo sobre os interesses ocidentais em relação ao Islã.

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