A União Europeia quer que os cidadãos ucranianos passem a viajar sem visto na Europa. O anúncio foi feito esta quarta-feira em Bruxelas pelo comissário europeu para a Migração, Dimitris Avramopoulos.
Esta medida já tinha sido prometoda ao governo de Kiev.
O comissário garantiu que este é o resultado do êxito do executivo ucraniano na concretização de reformas profundas e difíceis nas áreas da Justiça e dos Assuntos Internos.
O Presidente ucraniano, Petro Poroshenko, em resposta a esta decisão, garantiu que foi “um longo e árduo caminho” para chegar a este ponto e que esperava obter um acordo sobre viagens sem visto “dentro de alguns meses”.
A isenção de vistos deve valer para viagens de curta duração para a União Europeia para cidadãos ucranianos com passaportes biométricos.
A proposta vai agora ser apresentada formalmente aos Estados membros, que depois a votarão.
Nota do editorA Ucrânia, que se tornou anátema para os países europeus ocidentais, por conta de sua adesão à União Europeia – ou, tentativa de adesão – e agora, surge mais uma vez no conturbado cenário político europeu para deixar os eurocéticos ainda mais irritados. Os europeus não suportam o fato de a Ucrânia lutar contra a Rússia, e sua anexação à federação, que, para eles, é a mais justa ação por parte do Kremlin. Para os europeus a Ucrânia que luta contra a gigantesca Rússia é o verdadeiro mal, insurgente, e que está quebrando os preceitos democráticos pelo qual a Rússia prosseguiu sua anexação da Criméia. Putin além de anexar e matar dezenas de civis, ainda propôs um referendo fajuto, no qual os europeus acreditam piamente que foi a via pela qual Putin legitimou suas ações. Nada do que ocorreu em Maidan os comoveu, e para eles, a Ucrânia, por lutar contra os seus algozes, e por querer fazer parte da União Europeia, a quem eles odeiam, se torna um anátema e motivo de vergonha para o seu “nacionalismo”.
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