1 de abr. de 2016

General Breedlove: OTAN muda sua política de retenção na Europa Oriental

Philip Breedlove





Unian, 01/04/2016





Os Estados Unidos e a OTAN estão mudando as suas políticas de defesa e de retenção na Europa Oriental, de acordo com o comandante do Comando Europeu, o norte americano, Philip Breedlove, que falou na capital da Letônia, Riga, nesta quinta-feira.

Breedlove comentou sobre as intenções do Pentágono de implantar umas 4.200 brigadas blindadas adicionais na Europa Oriental em 2017 em resposta a política externa da Rússia na região, de acordo com a Defense News.
 “Pelo leste e o norte enfrentamos uma Rússia insurgente e agressiva, e como temos continuado a testemunhar nestes dois últimos anos, a Rússia continua a procurar alargar a sua influência nos arredores e além.”
 
Estamos preparados para lutar e vencer, se for preciso... Nosso foco vai ser expandir a nossa forma de retenção, incluindo medidas que melhore muito a nossa disponibilidade geral”, disse Breedlove após conversações com a região do Báltico com comandantes da OTAN.

A Rússia tem repetidamente advertido contra o posicionamento permanente das forças substanciais da OTAN ao longo de suas fronteiras.
 
E alguns membros da OTAN, como a Alemanha tem sido cético sobre qualquer implantação permanente e substancial, dizendo que poderia violar o acordo de 1997 entre a aliança militar e a Rússia.
 
Mas a nova implantação dos Estados Unidos evita o problema porque não estará tecnicamente e permanentemente estacionada na Europa Oriental, com brigadas dentro e fora, disseram as autoridades americanas.




Nota do editor

Isso apenas confirma o que já havia sido noticiado outrora. No entanto, é um pouco estranha essa reação da Alemanha, “antiga aliada” da Rússia, pois certa feita a mídia e políticos liberais esquerdistas reclamavam da influencia russa crescente entre os políticos de “direita” na Europa. A Alemanha também está regando e obrigando os outros países a regarem a dinheiro a Turquia, a mesma Turquia que durante as tensões de 2010 sobre o programa fajuto nuclear do Irã – que por sinal já está completo há mais de anos – foi quem fez negócios com o Irã num acordo ridículo entre os dois mais o Brasil, onde Teerã teria o seu urânio enriquecido para usar para fins “pacíficos”, enquanto ele próprio não usava os seus recursos para tal. 

O movimento da OTAN é bem intrigante também, pois a Turquia desde aquela época fazia parte do órgão, ou seja, a Turquia representava a OTAN naquela negociata com o Brasil e o Irã, portanto, a OTAN está preocupada com a expansão russa, ao mesmo tempo em que deixou que o Irã obtivesse recursos para o seu programa nuclear. Isso é no mínimo suspeito? Vocês não acham? A resposta tardia da OTAN para a expansão russa no Oriente Médio também é muito suspeita: por que esperaram até o final das negociações nucleares entre os Estados Unidos e o Irã? Por que não advertiram antes? A parte mais intrigante nisso tudo, é que além da Turquia ter beneficiado o Irã no ano de 2010, cinco anos depois viria a abater um caça russo, ou seja: mais uma vez no papel da OTAN a Turquia agiu. 


Putin, por mais incrível que pareça, não fez absolutamente nada sobre seu caça abatido, apenas abriu sanções contra o país. Alguns podem pensar que foi medo da retaliação imediata da OTAN, mas eu vejo de outra forma, eu vejo como estratégia – e esta estratégia é tão bem trabalhada, que a mesma OTAN que tardou em apontar o dedo para a Rússia e sua expansão pelo Oriente, foi à mesma que esteve na mesa de negociações com Brasil e Irã, na troca de recurso para o programa nuclear do país muçulmano. Não obstante, foi pego na Grécia um navio boliviano proveniente da Turquia carregado com armas. A Turquia há muito tempo está sendo acusada por alguns países tais como a Jordânia, e a Rússia de armar membros do Estado Islâmico, assim como facilitando a sua passagem para os países europeus. 

No entanto, a OTAN não tomou nenhuma providência a respeito do seu sócio. O mais aterrador, é que a Turquia está cotada para as negociações de possíveis membros da União Europeia, e como o país é a porta de entrada dos “refugiados”, alguns países europeus tendem a facilitar sua adesão, pois segundo alguns membros do Parlamento Britânico: a Turquia tem ameaçado os países europeus de serem inundados com refugiados, caso não atendam suas exigências. Está tudo entrelaçado: o Irã nuclear, a complacência da Turquia e da OTAN, e as negociatas sujas de Barack Obama, naquilo que eu chamo de repasses de dinheiro, e não realmente duma negociação para retardar a aquisição do país a tal tecnologia, que ele já tem, diga-se de passagem.

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