BTB, 28/02/2025
Por Luk Nolan
A Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) tornou-se o símbolo mais visível do desperdício governamental e do partidarismo ideológico, depois que o DOGE expôs as enormes quantias que gastou ao redor do mundo, promovendo diversas causas de esquerda, incluindo censura online. O que é menos conhecido é o trabalho agora encerrado da agência com grandes empresas de tecnologia, notadamente a Microsoft.
Em 2023, a Microsoft fez parceria com a Internews, um fundo global financiado pela USAID para jornalistas, para criar o Media Viability Accelerator (MVA). O MVA buscava combinar os recursos tecnológicos da Microsoft com a rede global de jornalistas ideologicamente alinhados da Internews, permitindo que redações acessassem insights de mercado, agregação de dados, análise e visualização fornecidos pela Microsoft para apoiar seus esforços.
A Microsoft e a USAID também colaboraram em uma causa progressista de empoderamento feminino. Um programa chamado Women’s Digital Inclusion Partnership, fez com que a Microsoft trabalhasse com a USAID para ampliar a cobertura da internet para mulheres no terceiro mundo. O programa tinha o objetivo de aumentar a conectividade à internet para mulheres em áreas rurais da Colômbia, Gana, Guatemala, Índia e Quênia.
Não está claro se esse programa financiado pela USAID teve mais sucesso do que o programa de internet rural do governo dos EUA, que, segundo analistas, resultou em 42,5 bilhões de dólares em gastos sem conectar um único cidadão.
Outra parceria entre a USAID e a Microsoft no setor de conectividade à internet foi a Airband Initiative, que visa expandir o acesso à internet globalmente. A parceria reuniu coalizões locais de agências governamentais, ONGs e empresas do setor privado para construir infraestrutura digital e fornecer treinamento em "habilidades digitais". O programa pretendia expandir o acesso à internet para 250 milhões de pessoas até o final de 2025, incluindo 100 milhões na África.
Por fim, em colaboração com a consultoria global Resonance, uma parceria USAID-Microsoft trabalhou com provedores locais de internet na África para melhorar a conectividade de instituições locais. Pelo menos um provedor de internet local, a Ekovolt, afirma que o programa foi um sucesso.
Embora nem todas essas iniciativas tenham traços evidentes de viés político ou agenda ideológica, elas ilustram como o governo dos EUA, sob a administração Biden, confiou em grandes empresas de tecnologia para aumentar sua influência no exterior.
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