RTN, 16/02/2025
Por Cindy Harper
Rubio desafia a noção de que a liberdade de expressão possibilitou o regime nazista, chamando isso de uma distorção da história.
Durante um debate no programa Face the Nation, da CBS, o Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, defendeu com firmeza o recente discurso do vice-presidente JD Vance na Alemanha, no qual Vance condenou a crescente adoção da censura na Europa. O embate entre Rubio e a apresentadora Margaret Brennan se intensificou depois que ela vinculou a liberdade de expressão à ascensão do regime nazista.
Brennan citou o discurso de Vance na Conferência de Segurança de Munique, onde ele acusou os governos europeus de adotar uma abordagem de controle da fala no estilo “soviético”. Ela questionou Rubio sobre o valor estratégico dessas declarações, perguntando: “O que tudo isso conseguiu, além de irritar nossos aliados?”
Rubio rebateu, argumentando que as nações democráticas deveriam acolher o debate aberto em vez de se sentirem incomodadas por ele. “Por que nossos aliados ou qualquer pessoa se irritariam com a liberdade de expressão e com alguém expressando sua opinião? Afinal, somos democracias”, afirmou.
“A Conferência de Segurança de Munique é, em grande parte, um encontro de democracias nas quais um dos valores que prezamos é a capacidade de falar livremente e expressar opiniões. Então, se alguém está irritado com as palavras dele, não precisa concordar, mas ficar com raiva disso, na verdade, comprova o argumento dele.”
Brennan então tentou redirecionar a discussão, mencionando o passado da Alemanha. “Bem, ele estava discursando em um país onde a liberdade de expressão foi usada como arma para conduzir um genocídio”, afirmou.
Rubio rejeitou imediatamente essa premissa. “Bem, tenho que discordar de você. Não – eu tenho que discordar de você”, respondeu. Ele prosseguiu corrigindo o registro histórico, dizendo: “A liberdade de expressão não foi usada para conduzir um genocídio. O genocídio foi conduzido por um regime nazista autoritário, que também era genocida porque odiava judeus, odiava minorias e tinha uma lista de grupos que desprezava, mas principalmente os judeus.”
Ele enfatizou ainda: “Não havia liberdade de expressão na Alemanha nazista. Nenhuma. Também não havia oposição na Alemanha nazista. Eles eram o único e exclusivo partido que governava o país. Então, isso não é um reflexo preciso da história.”
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