Governo Biden concedeu US$ 5 milhões para prevenção de “desinformação” e “assédio”

RTN, 11/02/2025

Por Dan Frieth 

A concessão de US$ 5 milhões da NSF à GWU levanta preocupações sobre a regulamentação governamental da fala e a proteção seletiva de especialistas.

A administração Biden concedeu à Universidade George Washington um subsídio de US$ 5 milhões por meio da National Science Foundation (NSF) para combater o que chama de “desinformação” e “assédio” online, conforme revelado agora. O financiamento, iniciado em setembro de 2022, faz parte de um esforço mais amplo para controlar o discurso digital sob o pretexto de proteger a confiança nas redes de comunicação.

De acordo com o resumo da concessão, os fundos foram destinados a abordar duas questões alegadas: a rápida disseminação da desinformação e o assédio a especialistas, incluindo jornalistas, cientistas e autoridades de saúde pública. O documento argumenta que esse assédio desencoraja a participação de especialistas e mina a confiança do público em fontes de informação consideradas credíveis.

No entanto, a concessão não especifica o que qualifica como “desinformação”, quem são os especialistas protegidos ou quais exemplos de assédio pretende combater. Dado o cenário político, as declarações anteriores da administração sugerem que a chamada desinformação inclui pontos de vista que desafiam narrativas progressistas. Por exemplo, a teoria do vazamento de laboratório da COVID-19 foi inicialmente descartada como desinformação, mas hoje é amplamente aceita como uma explicação plausível para a origem do vírus. Isso levanta preocupações de que os esforços para combater a desinformação não busquem garantir a precisão, mas sim silenciar vozes dissidentes.

O governo Biden tem um histórico de financiamento de iniciativas contra a desinformação enquanto promove narrativas questionáveis. Uma investigação anterior revelou que pelo menos US$ 267 milhões já haviam sido gastos em pesquisas semelhantes.

Os recursos da concessão financiam o desenvolvimento de um “sistema sociotécnico” projetado para fornecer assistência em tempo real a especialistas que enfrentam assédio online. Inicialmente voltado para jornalistas, o sistema deve se expandir para outras áreas e oferecer suporte digital personalizado para segurança, ferramentas de monitoramento para relatar abusos e um “sistema de cuidado comunitário” baseado em práticas informadas por traumas.

Vale destacar que a abordagem de cuidado informada por traumas tem sido criticada por ser instrumentalizada em disputas ideológicas. Faculdades, por exemplo, usaram tais estruturas para sustentar a postura de “acredite em todas as mulheres” em casos de agressão sexual, mesmo diante de inconsistências ou contradições nos depoimentos das supostas vítimas. Essa mesma abordagem pode ser utilizada para proteger certos especialistas de escrutínio legítimo sob o pretexto de prevenir assédio.

Este é mais um exemplo dos esforços contínuos do governo para policiar o discurso sob a justificativa de combater a desinformação, levantando preocupações sobre censura disfarçada de proteção à confiança pública.

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Fonte:https://reclaimthenet.org/biden-administration-5m-grant-gwu-misinformation-harassment